No final do ano passado havia seis consultores da administração do Banco de Portugal: quatro ex-diretores e dois ex-administradores. A posição, que não tem regras públicas, só é para diretores e administradores que são quadros da casa - serve para proteger o estatuto interno e o salário quando saem do cargo ou regressam ao banco. O trabalho que fazem? Depende do que a administração lhes der para fazer.
É no 8º andar do edifício do Banco de Portugal (BdP) na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, que estão os gabinetes do pequeno grupo de pessoas cujos salários e funções têm atraído atenção mediática e política nas últimas semanas: os consultores da administração do BdP, uma posição que funciona como uma prateleira, por vezes dourada. No final do ano passado havia seis consultores, segundo apurou a SÁBADO: Sílvia Luz (mulher do ex-ministro Vítor Gaspar, que também foi consultor); Ana Cristina Leal, João Cadete de Matos, Pedro Duarte Neves e Hélder Rosalino. Este último está de saída dessa posição, depois de ter sido nomeado pela administração do Banco de Portugal para gerir a Valora, a empresa que fabrica as notas de euro - foi a sua transferência falhada para o Governo, onde iria ganhar mais de 15 mil euros brutos por mês, que pôs o tema dos consultores no combate político e nos media.
Consultores: como funciona a prateleira dourada do Banco de Portugal
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.