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Consultores: como funciona a prateleira dourada do Banco de Portugal

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 14 de janeiro de 2025 às 19:54

No final do ano passado havia seis consultores da administração do Banco de Portugal: quatro ex-diretores e dois ex-administradores. A posição, que não tem regras públicas, só é para diretores e administradores que são quadros da casa - serve para proteger o estatuto interno e o salário quando saem do cargo ou regressam ao banco. O trabalho que fazem? Depende do que a administração lhes der para fazer.

É no 8º andar do edifício do Banco de Portugal (BdP) na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, que estão os gabinetes do pequeno grupo de pessoas cujos salários e funções têm atraído atenção mediática e política nas últimas semanas: os consultores da administração do BdP, uma posição que funciona como uma prateleira, por vezes dourada. No final do ano passado havia seis consultores, segundo apurou a SÁBADO: Sílvia Luz (mulher do ex-ministro Vítor Gaspar, que também foi consultor); Ana Cristina Leal, João Cadete de Matos, Pedro Duarte Neves e Hélder Rosalino. Este último está de saída dessa posição, depois de ter sido nomeado pela administração do Banco de Portugal para gerir a Valora, a empresa que fabrica as notas de euro - foi a sua transferência falhada para o Governo, onde iria ganhar mais de 15 mil euros brutos por mês, que pôs o tema dos consultores no combate político e nos media.

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