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Como um hospital sobrevive a um ataque informático

Lucília Galha
Lucília Galha 13 de maio de 2022 às 14:00

Duas semanas depois do ataque informático ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, que aconteceu a 26 de abril, ainda há muita coisa a fazer-se à mão. Há análises que se extraviam e prescrições com letras impossíveis de decifrar. Pode demorar meses a regressar tudo ao normal.

Era de madrugada, entre as 3h e as 4h da manhã, quando os computadores deixaram de funcionar. Naquele momento, ninguém estranhou. Poderia ser apenas mais uma comum falha de ligação - como já acontecera. Mas não era. Ao nível central, no servidor - o sistema de computação centralizado que fornece serviços à rede de computadores do hospital -, surgiu uma mensagem em inglês que não deixava dúvidas: "A vossa rede foi atacada e todos os dados codificados. Dados pessoais, relatórios financeiros e documentos importantes estão prontos a ser divulgados. Para descodificar todos os dados e evitar que os ficheiros sejam divulgados, terão de comprar o nosso software de descodificação. […] Não falem com a polícia nem com o FBI. Eles não querem saber do vosso negócio. Simplesmente evitarão que vocês paguem e como resultado perderão tudo. Não contratem uma empresa de recuperação de dados, eles não conseguirão decifrar a nossa chave. Não rejeitem a compra, os dados serão divulgados." Duas semanas depois do ataque informático ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, que aconteceu a 26 de abril, a mensagem permanece visível.

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