O incêndio provocou seis feridos ligeiros, três dos quais são bombeiros, e 11 pessoas tiveram de ser assistidas no local devido à inalação de fumo.
O incêndio rural que lavra desde a tarde de sábado, no concelho de Trancoso, já terá consumido 8.000 hectares, sobretudo soutos, olivais e vinhas, de acordo com o presidente da Câmara, Amílcar Salvador.
Incêndio em Trancoso consumiu 8 mil hectares. Bombeiros e populares no combateMIGUEL PEREIRA DA SILVA
Em declarações à agência Lusa, esta manhã, antes do início da reunião da Comissão Municipal de Emergência e Proteção Civil, o autarca adiantou que "os prejuízos são muito grandes, incalculáveis, o município já pediu o apoio do Governo para ajudar quem ficou sem nada".
A comissão vai fazer uma primeira avaliação dos danos causados pelo fogo e decidir se mantém o Plano Municipal de Emergência e Proteção, ativado desde as 17h30 de domingo.
"Vamos iniciar esse levantamento, mas sabemos que vários produtores perderam explorações e maquinaria agrícolas, há criadores de gado com animais que é preciso alimentar, arderam muitos castanheiros, oliveiras, vinhas, árvores de fruto e pinhal", refere o presidente da Câmara de Trancoso.
Amílcar Salvador acrescenta que já terão ardido "cerca 8.000 hectares nestes dois dias, o que é uma área muito grande para um concelho como Trancoso".
Segundo o autarca, viveram-se dois dias "muito complicados" naquele município do distrito da Guarda, em que a intervenção da população foi "muito importante".
"Os populares combateram as chamas à entrada das povoações, isso fez com que não tivessem ardido casas de primeira habitação e não houvesse, felizmente, vítimas mortais. Foram muito importantes, porque são eles que conhecem os terrenos", elogiou.
Segundo a Proteção Civil, o incêndio provocou seis feridos ligeiros, três dos quais são bombeiros, e 11 pessoas tiveram de ser assistidas no local devido à inalação de fumo.
O presidente da Câmara de Trancoso desvaloriza as críticas à falta de meios no terreno e assegura que houve muitos meios empenhados no combate às chamas.
"O problema foi o vento forte. Era quase impossível travar as chamas, houve momentos em que o incêndio estava completamente descontrolado, sobretudo no domingo", reconhece.
Amílcar Salvador recorda que estiveram no terreno "mais 70 corporações, 500 e muitos bombeiros, mais de 200 veículos, mas, por vezes, não conseguimos estar no lugar certo, com o fumo e o vento forte a dificultarem muito o trabalho dos operacionais".
O autarca de Trancoso acrescenta que, na manhã desta segunda-feira, "as coisas estão mais calmas, há apenas dois focos na zona de Aldeia Nova, já muito próximo do concelho de Fornos de Algodres, e na serra do Reboleiro".
Ao final da manhã desta segunda-feira, o incêndio de Trancoso era a principal ocorrência registada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), com 636 operacionais, apoiados por 217 viaturas e sete meios aéreos, envolvidos no combate às chamas.
A evolução das chamas não está a colocar povoações em risco e o trabalho dos bombeiros está a decorrer favoravelmente, segundo a Proteção Civil.
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