A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou que "os vários partidos já mostraram a sua posição" sobre Tancos e que não acha que esse problema "possa ser esquecido".
A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou hoje que "os vários partidos já mostraram a sua posição" sobre Tancos, esvaziando o argumento para uma reunião inédita da Comissão Permanente parlamentar antes das eleições, garantindo não esquecer o caso.
"O argumento da direita, para uma reunião que seria inédita - nunca aconteceu a tão pouco tempo das eleições -, era que era necessário que todos os partidos mostrassem a sua posição claramente sobre esse assunto. Os vários partidos já mostraram a sua posição e o Bloco de Esquerda têm-no feito ao longo da campanha", considerou Catarina Martins.
A dirigente do BE falava no final de uma visita ao Centro de Medicina do Sono, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, tendo sido questionada sobre a decisão tomada hoje, em conferência de líderes, de marcar o debate sobre Tancos na Comissão Permanente para a próxima semana, já depois das eleições, o que mereceu críticas da direita.
Catarina Martins deixou claro que o partido "não acha que o problema de Tancos possa ser esquecido", garantindo que "ninguém escondeu o tema e o Bloco de Esquerda não o esqueceu seguramente".
"Registo que o próprio PSD já reconheceu que este é um bom tempo para a campanha eleitoral e para a seguir se fazer a reunião da comissão permanente. Julgo que estamos de acordo", atirou, numa referência implícita às declarações do líder do PSD, Rui Rio, que desdramatizou a marcação da comissão permanente para depois das eleições porque "ninguém vai morrer por isso".
As pessoas em Portugal, na perspetiva de Catarina Martins, "compreendem que é possível, simultaneamente, acompanhar o que está a acontecer com o caso de Tancos, com a gravidade que tem" e continuar-se a assumir a responsabilidade de apresentar um programa eleitoral, sendo esta "uma forma séria de estar na política".
"O Bloco de Esquerda disse sempre três coisas muito simples. O caso de Tancos é grave, é muito grave a acusação do Ministério Público porque, a provar-se, significa que um responsável político, um ministro, mentiu numa comissão parlamentar de inquérito", começou por afirmar.
Os bloquistas, lembrou a sua coordenadora, não se opuseram "à realização de qualquer reunião" da comissão permanente, que vai acontecer na próxima semana, como sugeriu o presidente da Assembleia da República.
"E já dissemos também que temos toda a disponibilidade que na próxima legislatura se faça uma nova comissão de inquérito se estes desenvolvimentos se provarem com a gravidade que têm, portanto merecem um novo aprofundamento", assumiu.
Catarina Martins: "Ninguém vai morrer por" não se falar de Tancos até às eleições
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."