Coordenadora do Bloco de Esquerda lamentou a morte do piloto do helicóptero que se despenhou este domingo
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) lamentou a morte do piloto do helicóptero que se despenhou este domingo no incêndio de Castro Daire e defendeu que "há responsabilidades que é preciso assumir" pelo que está a acontecer este verão.
"Estamos todos a acompanhar com uma enorme preocupação, uma enorme apreensão, eu diria até com um enorme aperto no peito, o que se está a passar no país", afirmou Catarina Martins aos jornalistas em Viseu, durante uma visita à Feira de São Mateus.
Catarina Martins frisou que "hoje é um dia particularmente trágico", porque houve um piloto que morreu a combater um incêndio.
Apesar do "trabalho extraordinário" que considera que os bombeiros, a protecção civil e todas as forças envolvidas têm desenvolvido nos últimos tempos, a coordenadora do BE frisou que é preciso apurar responsabilidades.
"Naturalmente a prioridade neste momento é combater os incêndios, é apoiar os bombeiros, as forças da protecção civil e as populações que estão no terreno a combater os fogos" e as que foram vítimas das chamas, afirmou.
No entanto, é preciso também "apurar tudo o que está a acontecer e compreender que, para lá das causas naturais, há outras causas e todas devem ser apuradas", acrescentou.
Na opinião de Catarina Martins, é também preciso "começar a agir já sobre as áreas que arderam", porque o país terá "um problema imenso" devido à "quantidade de zona ardida".
"Haverá erosão dos terrenos e, portanto, neste momento é preciso, para lá do combate aos incêndios, estar já a agir sobre os terrenos que já arderam para evitar maiores desgraças a seguir", frisou.
A líder bloquista defendeu que "um verão muito complicado" como o deste ano "exige muita responsabilidade, muito empenhamento de toda a gente, uma cultura de segurança que não existe em Portugal e uma cultura de responsabilização, de retirar de consequências, que tem faltado".
"É preciso combater a criminalidade ligada aos incêndios, é preciso também uma cultura de segurança e de prevenção que não existe. E há também muitas vezes comportamentos negligentes da população", lamentou.
Na sua opinião, há também "uma responsabilidade política enorme sobre o abandono do território, o abandono da floresta".
"Se nós não tivermos outras políticas para o ordenamento florestal, para que a floresta não esteja abandonada, que seja economicamente produtiva, mas que seja também um serviço ecológico, se não avançarmos com propostas tão essenciais como a gestão colectiva da floresta, vamos continuar a arder", alertou.
Isto porque, acrescentou, "um país abandonado, com eucalipto e mancha contínua como tem neste momento e com as alterações climáticas que vão ter fenómenos extremos cada vez com mais frequência", se não houver ordenamento da floresta e prevenção, Portugal nunca conseguirá "acabar com esta saga dos incêndios".
"Temos que saber agir em todos estes planos. É difícil, mas a responsabilidade política é responder por todas estas questões", referiu.
Catarina Martins diz que "há responsabilidades que é preciso assumir"
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.