Vagas para pedir vistos açambarcadas por intermediários, pessoas meses à espera. A rede de consulados, que subcontrata a privados o processamento dos vistos e que funciona mal há muito tempo, passará a receber ainda mais trabalho com a reforma do Governo. Ministério promete reforço de meios.
Filipa Santos Costa, advogada de imigração e asilo, esperava já há cinco meses por uma vaga para pedir o visto de trabalho de um cliente cabo-verdiano, quando em agosto do ano passado escreveu ao serviço consular português em Cabo Verde. As vagas que a embaixada anunciava com 15 dias de antecedência, indicando o dia e a hora em que abririam, desapareciam em menos de 15 minutos, explicou no email – quando a advogada chegava à parte do pagamento no formulário online já não havia vaga e quando reiniciava o pedido na plataforma da empresa VFS Global, subcontratada pelo Estado, não conseguia terminá-lo. Passados 12 dias e várias insistências, o serviço consular respondeu em círculo: os agendamentos eram feitos no site da VFS Global e, “para responder de forma mais precisa e transparente à procura de agendamento para pedidos de visto”, as datas e horários de abertura eram comunicados 15 dias antes. O cliente de Filipa Santos Costa, que tinha um convite de trabalho em Portugal, estava de volta ao labirinto burocrático de onde ainda não saiu – até hoje não conseguiu uma marcação para pedir o visto.
Caos nos consulados ameaça o plano para a imigração
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