Entre as reivindicações entregues no MAI está a criação de um sistema de saúde adequado aos bombeiros, entrega de mais dois equipamentos de protecção individual para combate a incêndios e investimento em veículos de combate e estruturas.
Bombeiros voluntários aprovaram, este sábado, em Lisboa um caderno reivindicativo que entregaram no Ministério da Administração Interna (MAI), e admitem pedir audiências aos partidos com representação parlamentar para apresentar as mesmas reivindicações.
O encontro de hoje, na Praça do Comércio, bem como o caderno reivindicativo entregue no Ministério, teve como objectivo exigir mudanças no sector e as mesmas condições dos restantes agentes da protecção civil.
Pedro Artur Ferreira, um dos responsáveis da comissão que organizou o evento, denominada "Respeito e dignidade para os bombeiros portugueses", disse àLusaque a iniciativa de hoje se destinou a entregar o caderno e fazer ouvir a voz da comissão e garantiu que foi apenas o início de muitas outras iniciativas.
Para já, explicou, caso o MAI não responda ao caderno ou a resposta não seja positiva os bombeiros vão pedir audiências aos grupos parlamentares.
Pedro Artur Ferreira frisou que o movimento não está contra a Liga dos Bombeiros Portugueses, de quem quer ser parceiro, mas considera que a Liga não tem "ido à luta" e não tem demonstrado "força e energia" nas reivindicações.
O responsável disse à Lusa que os bombeiros querem ter as mesmas condições dos outros agentes de protecção civil, o que não acontece. "Como agente da protecção civil não posso admitir que seja o parente pobre", disse.
Entre as reivindicações entregues no MAI está a criação de um sistema de saúde adequado aos bombeiros, entrega de mais dois equipamentos de protecção individual para combate a incêndios, investimento em veículos de combate e estruturas, e dotar a Escola Nacional de Bombeiros de meios financeiros e humanos para que a formação seja uma realidade.
Pedro Artur Ferreira admite que a questão dos equipamentos de protecção individual possa ficar para maio do próximo ano, porque a época de fogos deste ano deverá estar no final, mas considerou "urgente" o cartão social do bombeiro, que vai inclusivamente incentivar o voluntariado.
De acordo com o responsável, os bombeiros portugueses, uma instituição com 600 anos, sofrem hoje com "um desinvestimento muito grande" e não têm qualquer regalia.
A comissão reivindica também o aumento do valor de compensação atribuída aos bombeiros que integram o dispositivo especial de combate a incêndios rurais e alteração da lei orgânica da Autoridade Nacional de Protecção Civil que permita a criação de uma estrutura de comando autónoma dos bombeiros.
A comissão "Respeito e dignidade para os bombeiros portugueses" surgiu de um grupo de bombeiros voluntários após o incêndio de Monchique deste ano, e na sequência da polémica sobre as formaturas oficiais na recepção ao Presidente da República e também ao primeiro-ministro, nas quais os bombeiros não estiveram presentes.
Bombeiros apresentam reivindicações no MAI e admitem voltar-se para o Parlamento
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