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Bispo apela a padres da Guarda que transmitam missas pela Internet ou por altifalante

Manuel Felício esclareceu que "estão proibidas todas as celebrações e outras manifestações da Fé e da piedade popular, em público", exceto funerais.

O bispo da Guarda solicitou hoje aos padres que celebrem as missas em privado e as transmitam ao povo através da Internet ou por altifalante, por o culto nas igrejas estar proibido devido à pandemia da covid-19.

"Aos sacerdotes não só é autorizado, mas é também solicitado, que celebrem em privado pelo seu povo, que poderá acompanhá-los, de suas casas, através dos meios e redes sociais de comunicação, que pode ser a Internet, pode ser o toque dos sinos, pode ser a difusão por altifalante, aliás, processo também utilizado pelas autoridades públicas de segurança, em algumas aldeias, para fazer recomendações, o que está certo, ou outras", refere o bispo Manuel Felício numa nota hoje enviada à agência Lusa.

Segundo o prelado diocesano, por "celebrar em privado" entende-se "que o sacerdote celebre em sua casa ou na igreja, neste caso com porta fechada, o que não impede que seja acompanhado presencialmente por quem necessita que o ajude, respeitando sempre as regras de distanciamento social conhecidas".

O responsável salienta que o que se passou na quarta-feira, com a transmissão de Fátima presidida pelo cardeal António Marto ou outras celebrações difundidas pelas redes de comunicação, "pode ser referência".

Manuel Felício esclarece ainda que "estão proibidas todas as celebrações e outras manifestações da Fé e da piedade popular, em público", exceto funerais.

"A exceção para os funerais é a de que se façam com reduzido número de pessoas, que a celebração seja breve e se realize em espaço aberto, no caso o cemitério", lê-se.

As determinações do bispo da Guarda, "longe de infringirem as regras do estado de emergência" em que o país se encontra, "mais contribuem para a sua rigorosa aplicação", é assinalado.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.

Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

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