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Antigo pára-quedista tem como missão encontrar os corpos dos camaradas

Sara Capelo
Sara Capelo 01 de fevereiro de 2018 às 07:00

São ainda 1500 os militares que partiram de Portugal e estão sepultados em África. A SÁBADO conta-lhe as suas histórias

O tiro da carabina – um apenas – soou no capim e António Lopes da Silva caiu inanimado no chão. "Desmoronou-se, não disse ai, nem ui", conta Isidro Moreira Esteves. A vintena de colegas que acompanhavam o soldado pára-quedista n.º 334/61 atiraram-se por instinto para o chão para se protegerem. "Mas isso é um segundo ou dois ou três, depois há que reagir." Identificaram um carreiro até uma pequena clareira onde uma mandioca cozia numa panelinha. O inimigo estava a preparar uma refeição e, ao aperceber-se de que o grupo da 2.ª companhia de caçadores pára-quedistas estava próximo, ter-se-á sentido ameaçado e disparou.

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