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Aguiar-Branco: política & negócios associados

Gustavo Sampaio , Vítor Matos 31 de março de 2015 às 16:14

O ministro da Defesa promove empresas portuguesas em mercados onde o seu escritório apela ao investimento. Uma história de zonas cinzentas

Uma semana antes de o ministro da Defesa ir a Bogotá promover um conjunto de empresas ligadas ao sector militar, a sociedade de advogados de José Pedro Aguiar-Branco promoveu em Lisboa um seminário sobre como investir na Colômbia. Três meses depois de Aguiar-Branco visitar o Peru como ministro, o seu escritório anunciou uma parceria com uma sociedade de advogados de Lima. Paulo Cutileiro, o seu principal adjunto no ministério, também é sócio da JPAB & Associados, que tem uma área de apoio à internacionalização de empresas. Aguiar-Branco nomeou-o para o grupo de trabalho para promover a internacionalização das empresas de Defesa. Outros dois antigos assessores do ministro passaram para empresas privadas com interesses no sector: Afonso Azevedo Neves transitou do ministério para a CEIIA, um agrupamento de empresas ligado à produção do avião que poderá substitiuir o C-130; Rodrigo Adão da Fonseca, que presidiu à Edisoft é agora é CFO da Tekever, um gupo tecnológico que produz drones, que tem protocolos com os ramos e acompanha o ministro nas viagens de promoção dos negócios. Esta é uma história de zonas cinzentas.

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