Sábado – Pense por si

"A violência é entendida como um dos últimos recursos da força"

Sara Capelo
Sara Capelo 30 de abril de 2016 às 09:30

A investigadora Susana Durão esteve um ano numa esquadra e percebeu que as mulheres estão em menor número, que há algum distanciamento entre as bases e a direcção-nacional

Susana Durão fixou-se durante um ano na 24.ª esquadra de Lisboa, em Campo de Ourique. Tinha como objectivo fazer a pesquisa de campo para o seu doutoramento, em Antropologia. Foi lá que conheceu Magda, a agente loira da patrulha, que se vestia de forma discreta e prometera fazer-se respeitar pelos homens; alvarez o agente dos arredores de Braga que ganhava 800 euros, dos quais gastava 250 para ir ver a mulher e a filha; ou Paula, vítima de violência doméstica, cometida por Gustavo. 

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Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.