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A revolução depois da Revolução: meio século de transformação

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 23 de abril de 2024 às 23:00

Em meio século a sociedade portuguesa, as políticas sociais e a economia mudaram muito – mas várias áreas em que mais se evoluiu são hoje focos de insatisfação social.

Deus chamou-me deste mundo já chegou a minha hora a culpa foi do destino não foi da fábrica do Mora.” Em 1988, 14 anos depois da revolução e já com Portugal na União Europeia há dois anos, uma grande reportagem na RTP sobre trabalho infantil na região de Braga abria com a voz de uma criança a ler esta frase inscrita na lápide de outra criança, que morrera com apenas 13 anos numa fábrica. “A culpa é sempre do destino. Francisco José morreu num acidente de trabalho, o patrão não teve a culpa e mandou gravar isso mesmo na lápide cinzenta de mármore, depois de pagar a campa”, contava o repórter Rui Araújo. Em 1988, só cerca de dois terços das crianças entre os 10 e os 12 anos estavam inscritas no 2º ciclo. O retrato da reportagem, com entrevistas às crianças trabalhadoras e aos pais, ilustrava como a educação era a área onde era mais visível o atraso do País – e como, 50 anos depois do 25 de Abril, será talvez a área com maiores progressos.

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