Obras e turismo em Penamacor, uma start-up em Peniche, aulas em Lisboa, casa nas Caldas da Rainha: neste mapa já não cabe política. Nunca? “Não digo nunca.”
A conversa entre António José Seguro e o sr. Manuel, o empreiteiro que vai fazendo a obra junto ao castelo de Penamacor, é sobre como resolver um puzzle. "Aquela é câmara, aquela é telecomunicações, a outra é água": as caixas técnicas estão tristemente espalhadas pelas fachadas antigas em pedra das cinco casas que está a recuperar na zona histórica da que é a sua terra. "A Cultura [o Ministério da] vai-se mandar ao ar", insiste Seguro, até porque uma das casas é classificada, andou uma arqueóloga a fazer o levantamento antes que as obras pudessem avançar. O puzzle é sobre como esconder as muitas caixas e a única coisa vagamente política – ou nem isso – que se ouve ao ex-secretário geral do PS, ex-ministro, ex-secretário de Estado, ex-líder da JS, ex-deputado e ex-eurodeputado é que é preciso sensibilizar a câmara e os serviços para a questão da recuperação com regras, com os materiais originais, sem fios à vista. Não parece andar a brincar às recuperações: sabe já exactamente onde vai ficar a salamandra suspensa numa das salas ("e não acha que é melhor identificar já o fornecedor?"), o tipo de material que vai preencher as juntas exteriores, para parecer autêntico, e que parcerias locais quer fazer para oferecer actividades aos turistas. Antes do empreiteiro, e de se cruzar com o irmão Luís na obra para trocarem mais uns papéis, encontrou -se com um recém-licenciado em História, da terra, com quem está a estudar percursos na vila.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.