Foi neste ambiente que se viveu o 1º. de Maio: "festejar" em "clima de compromisso", sabendo que o próximo passo é a reposição das 35 horas semanal de trabalho
Celebrar a reposição dos salários, em clima de compromisso, mas continuar a "defender, repor e conquistar". Foi neste ambiente que se viveu o dia do Trabalhador deste ano. Esta frase anteriormente citada foi a se leu em várias faixas do desfile tradicional, que ocorreu em Lisboa, entre o largo do Martim Moniz e a alameda D. Afonso Henriques, e a que deu mote à festa. No desfile, organizado pela CGTP, não se ouviram palavras de ordem contra o Governo, mas os manifestantes e os sindicatos traçaram uma nova meta: a reposição das 35 horas semanais de trabalho.
"Apelamos ao Governo da República para que, no próximo dia 1 de Julho, cumpra o compromisso assumido com o país das 35 horas para todos os trabalhadores da administração pública, qualquer que seja o seu vínculo laboral. É uma exigência da central sindical", exigiu o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, falando por "todos os trabalhadores da função pública, independentemente do seu vínculo laboral". As declarações de Silva, proferidas durante a sua visita à cidade de Viseu, Carlos Silva referiu que esta "não é uma ameaça velada ou explícita" que deixa ao Governo, vincando a importância do diálogo ente o Governo e os sindicatos.
Do lado da CGTP, o secretário-geral Arménio Carlos convocou uma "semana de luta", entre dia 16 e 20 de Maio, dedicada a greves, manifestações e concentrações, pela reposição dos direitos dos trabalhadores, de forma a "não esmorecer a luta". "Só com a luta se alcança a mudança", explica Carlos, garantindo que pretende reivindicar o aumento de salários, o emprego com direitos, a renovação da contratação colectiva e as 35 horas de trabalho semanal para trabalhadores dos sectores público e privado.
Já o primeiro-ministro António Costa, antes de se reunir com representantes nos Açores da UGT e da CGTP-IN, no Palácio de Sant’ana, em Ponta Delgada, apelou ao sentido "de confiança" na possibilidade de Portugal conseguir "virar a página numa trajectória de crescimento e de criação de emprego", caso se "prossiga a actual linha política e económica". Continuar a defender esta linha política foi o que "possibilitou" o tão celebrado que fez com que "aumento do salário mínimo nacional".
Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, exaltou o 1.º de Maio deste ano por ter sido "o primeiro ano de avanços", mas sublinhou que não se poderá dar "nem um passo atrás". "Queremos mais: combater a precariedade, mais emprego, mais direitos no trabalho, mais respeito pelo trabalho". Jerónimo de Sousa, líder do Partido Comunista Português, garantiu que "a reposição salarial não esmoreceu a luta" e que "ainda há muito para fazer".
Foi neste ambiente que se viveu o 1º. de Maio: "festejar" em "clima de compromisso", tal como referiu a secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, ao líder da CGTP.
A luta continua: o salário já está, faltam as 35 horas de trabalho
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