Passos Coelho considera que o Governo não está a ser coerente quanto à reposição das 35 horas de trabalho semanais na Função Pública. O líder do PSD acusou o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o primeiro-ministro António Costa de terem posições diferentes quanto ao tema. "Era importante saber se realmente o Governo tem uma posição sobre essa matéria porque ouvimos o ministro das Finanças ou o primeiro-ministro e não concluímos a mesma coisa daquilo que eles dizem", afirmou em Trás-os-Montes.
Citado pela agência Lusa, Passos disse que "há áreas, sobretudo ao nível da saúde em que o impacto desta medida pode fazer resvalar as contas", e que "os impactos orçamentais ainda não estão totalmente estudados".
António Costa considerou proceder a ajustamentos de horário em serviços onde a aplicação imediata das 35 horas ponha em causa "a continuidade e qualidade dos serviços prestados aos cidadãos". Para Passos Coelho, não se percebe se estes casos especiais e pontuais, segundo o primeiro-ministro, "serão excepção, ou serão a norma em muitos dos sectores da Administração Pública". "Portanto, aquilo que se exigiria nesta altura era que o Estado tivesse um discurso que fosse coerente e que se percebesse", concluiu.
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