José Luís Ferreira evocou o fim da ditadura, os militares do Movimento das Forças Armadas e o 25 de Abril de 1974, essa "madrugada que semeou esperança".
Os Verdes defenderam hoje que "o 25 de Abril não está de quarentena", em tempo de pandemia de covid-19, e que é preciso "achatar a curva" das desigualdades, 46 anos depois da "Revolução dos Cravos".
José Luís Ferreira, deputado do Partido Ecologista "Os Verdes", utilizou alguns termos associados à pandemia no seu discurso na sessão solene do 25 de Abril, na Assembleia da República, em Lisboa, e em que justificou a sua realização, num dia em que não se pode esquecer "a importância que a liberdade e a democracia representam para todos, enquanto povo".
Em tempos de estado de emergência, e de polémica sobre a sessão solene, este ano com muito menos deputados e convidados, afirmou que o parlamento tem de continuar a trabalhar.
"Para decidir medidas de combate à crise", argumentou o deputado, para "discutir o estado de emergência ou os seus prolongamentos" como voltará a reunir "na próxima semana e nas seguintes, para discutir novas medidas de combate a esta ameaça coletiva".
José Luís Ferreira evocou depois o fim da ditadura, os militares do Movimento das Forças Armadas (MFA), e o 25 de abril de 1974, essa "madrugada que semeou esperança, que devolveu dignidade a um povo vigiado, perseguido e silenciado, e que convocou a liberdade e a democracia".
Em tempo de covid-19, que já infetou mais de 20 mil portugueses e fez mais de 800 mortos, o deputado dos Verdes elogiou a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), apesar do "subfinanciamento de décadas de governos do PS, PSD e CDS", à pandemia e a ajuda que deu para "melhorar os indicadores de saúde em Portugal" nas últimas quatro décadas.
Depois da crítica à falta de solidariedade, de "conversa fiada" da União Europeia neste momento de crise, José Luís Ferreira disse esperar que o mês de maio seja o "início de uma caminhada de regresso à normalidade".
"O que esperamos é que 'Depois do Adeus', isto é, depois de se achatar a curva desta pandemia, que nos viremos para outros achatamentos e para outras curvas", disse.
E deu vários exemplos dos "achatamentos" necessários, como a "curva das desigualdades, sobretudo a pensar nos milhares de trabalhadores que ficaram sem trabalho e os que viram os seus rendimentos reduzidos com esta crise" ou ainda "a curva do tratamento entre os bancos e os contribuintes".
"É necessário achatar a curva dos desequilíbrios ambientais. É imperioso achatar a curva da crise climática e da perda de biodiversidade ou do uso insustentável dos recursos naturais", acrescentou.
José Luís Ferreira terminou o discurso com um "até já", prometendo estar hoje às 15:00, a "cantar a Grândola", numa janela.
"Em defesa do ambiente, em defesa da saúde, mas também para lembrar que o 25 de Abril não está de quarentena", disse.
25 de Abril: PEV quer "achatar a curva" das desigualdades
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.