Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana indicou que em 2023 houve 480 acidentes rodoviários com veículos agrícolas que resultaram em 12 mortos, 23 feridos graves e 172 feridos leves.
A GNR alertou para a necessidade de cumprir as regras de segurança na circulação de tratores e máquinas agrícolas, dando conta de um aumento de acidentes no ano passado a nível nacional.
Carlos Barroso/Media Livre
Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana (GNR) indicou que em 2023 houve 480 acidentes rodoviários com veículos agrícolas (439 em 2022), que resultaram em 12 mortos, 23 feridos graves e 172 feridos leves. Este ano, até 29 de fevereiro, já tinham sido registados 21 acidentes, sem vítimas mortais.
"Atendendo ao número de acidentes que envolvem tratores e máquinas agrícolas, registados na área de responsabilidade da Guarda, nos anos de 2021 a 2024, em particular os da última semana, torna-se imperativo aconselhar para o cumprimento das regras de segurança deste tipo de veículos, pelo que a GNR irá continuar a realizar ações de sensibilização dirigidas aos utilizadores de tratores e máquinas agrícolas, com o objetivo de fazer cumprir as medidas de segurança e prevenir a ocorrência de acidentes na manobra de veículos/máquinas agrícolas e florestais", referiu.
Segundo a GNR, "uma das principais causas para a sinistralidade no domínio da atividade agrícola ou relacionada, aponta para a idade avançada do agricultor", sendo que, a isso se alia "a necessidade de as tarefas agrícolas terem de ser realizadas em intervalos reduzidos de tempo, agravando o cansaço físico, próprio de uma atividade fisicamente exigente".
Para a GNR, outra das causas passa pelo "excesso de confiança a operar máquinas que, para todos os efeitos, são perigosas e, por vezes, decorrem da falta de formação para o seu manuseamento".
Assim, mais de 50% "dos tratores não dispõem de estruturas de proteção, sejam elas arcos ou cabines, acessórios importantíssimos para a segurança do trabalhador", alertou.
A GNR deixou ainda vários conselhos aos utilizadores de veículos agrícolas e florestais, apelando à sua manutenção, ao uso de estruturas de proteção e dos acessórios de iluminação e sinalização e à frequência de ações de formação teóricas e práticas.
"Não conduza sob o efeito de álcool, fadiga ou com excesso de velocidade", disse a GNR, apelando ainda ao respeito pelos limites do trator. "Não sobrecarregue nem transporte passageiros 'à pendura'. É proibido e perigoso", destacou.
"Sendo o capotamento a principal causa a provocar vítimas, alertamos para o facto de que é obrigatório circular com arco de segurança, conhecido por 'Arco de Santo António', erguido e em posição de serviço (esta obrigatoriedade aplica-se aos tratores homologados com esta estrutura), bem como a utilização do cinto e demais dispositivos de segurança com que os veículos estejam equipados", disse a Guarda Nacional Republicana.
Lembrou, por fim, que "os tratores e máquinas agrícolas ou florestais e as máquinas industriais estão agora obrigados a possuir avisadores luminosos especiais (rotativo de cor amarela)".
Segundo os dados da GNR, entre 2021 e fevereiro de 2024 houve 1.396 acidentes rodoviários com veículos agrícolas, que resultaram em 39 mortos, 87 feridos graves e 490 feridos leves.
Em propriedade privada, no mesmo período, registaram-se 393 acidentes, com 88 mortos, 123 feridos graves e 194 feridos leves.
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