O Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte será ampliado, requalificado e expandido, num investimento global superior a seis milhões de euros. Até à conclusão das obras, a resposta às grávidas é assegurada no Hospital de São Francisco Xavier.
O Tribunal de Contas deu visto prévio à obra de construção do novo bloco de partos do Hospital Santa Maria, em Lisboa, no valor de mais de seis milhões de euros, anunciou esta sexta-feira o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.
Pedro Catarino/Cofina Media
A decisão foi comunicada hoje ao Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), concluindo-se assim as etapas processuais legalmente obrigatórias para o arranque da obra no terreno.
No mês passado tinham arrancado os preparativos para as obras da nova maternidade, uma intervenção que obrigou a colocar, desde 1 de agosto, as equipas médicas de Ginecologia e Obstetrícia de Santa Maria a trabalhar no Hospital São Francisco Xavier, ao abrigo do regime de mobilidade.
Segundo o CHULN, a 1 de agosto iniciou-se o processo de desocupação dos pisos dos serviços que agora estão a funcionar no Hospital Francisco Xavier e que serão alvo de requalificação a partir deste mês de setembro.
O Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte será ampliado, requalificado e expandido, num investimento global superior a seis milhões de euros.
Até à conclusão das obras, a resposta às grávidas seguidas no CHULN é assegurada no Hospital de São Francisco Xavier, ao abrigo de um protocolo de colaboração em vigor desde 1 de agosto e "em estreita articulação com a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde", refere o centro hospitalar.
Na nota hoje divulgada, o Conselho de Administração do CHULN reforça o "profundo agradecimento a todas as equipas multidisciplinares dos dois centros hospitalares envolvidas nesta resposta, em particular aos profissionais de saúde que de forma resiliente asseguram os cuidados às grávidas e bebés fora do seu hospital de origem".
Lembra que este é "um projeto estratégico" para o CHULN e "para toda a região sul do país", que passará a ter "a maior e mais diferenciada" maternidade do país no Hospital de Santa Maria, reforçando a capacidade de resposta à mulher grávida, ao recém-nascido, acompanhantes e profissionais de saúde.
"Será uma aposta estrutural na qualidade, segurança e humanização de cuidados", refere a nota.
O CHULN recorda que está prevista a remodelação da urgência de obstetrícia e ginecologia e a construção de 12 novos quartos de parto, dois blocos operatórios e uma sala de observações, num total de cerca de mil metros quadrados de área nova a ser construída.
Está igualmente prevista a remodelação e ampliação do internamento de puérperas, a remodelação das instalações para a ecografia obstétrica e a expansão do Serviço de Neonatologia, obras complementares que abrangem vários pisos da área Materno-Infantil do Hospital de Santa Maria.
Estas obras tiveram muita contestação por parte das equipas médicas do Santa Maria e a polémica levou à exoneração do então diretor do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução, Diogo Ayres de Campos, e da então diretora do Serviço de Obstetrícia, Luísa Pinto.
Esta semana, questionado pela Lusa sobre como está a decorrer a concentração do serviço de Ginecologia/Obstetrícia do Hospital Santa Maria no Hospital São Francisco Xavier, o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo disse que não houve "nenhum problema do ponto de vista de resposta", salientando o empenho dos profissionais de saúde.
"Alguns deles não concordavam com a solução, mas cumpriram sempre com o seu dever, estiveram sempre nas equipas e a responder com muita qualidade e, portanto, eu diria que neste momento, o processo de instalação no São Francisco Xavier está a decorrer de forma muito tranquila", disse, sublinhando que neste momento a avaliação "é favorável".
Questionado sobre se a saída anunciada de seis obstetras do Hospital Santa Maria pode complicar esta operação, Fernando Araújo afirmou que "o plano é robusto" e vai ser avaliado.
"Vai ser preparado agora para os próximos meses, mas não nos parece que essas eventuais saídas poderão colocá-lo em causa", referiu.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.