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1996: a outra minoria do PS Açores

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 29 de outubro de 2020 às 18:04

Carlos César formou um governo minoritário. Dois anos depois, PSD e CDS, que faziam maioria, pensaram numa geringonça de direita. Mas sem precedentes e com a oposição de Jorge Sampaio, a ideia morreu na praia. Lições para 2021, quando as contas são ainda mais complicadas. Ou talvez não. Solução à direita tem avançado.

Ao fim de 20 anos de poder social-democrata, os PS Açores ganhou finalmente as eleições regionais dos Açores em 1996. Problema: elegeu 24 deputados, os mesmos que o PSD. Mas, tendo mais votos que o PSD, a questão de quem tinha ganho as eleições era clara: fora o PS e o PSD assumiu-o de imediato, na própria noite eleitoral. E Carlos César formou governo. A chave da sobrevivência do seu executivo foi o CDS, que fizera campanha contra o PSD, que dominava as ilhas havia duas décadas e cuja longa hegemonia até os centristas queriam quebrar. A constituição do governo fez-se portanto sem grandes dramas.

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