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Ventura exige explicações ao deputado alvo de buscas e garante tirar consequências

Lusa 21 de janeiro de 2025 às 21:41

"Vamos exigir as mesmas regras que exigimos para os outros, independentemente de ser ou não um deputado do Chega", afirmou André Ventura.

O presidente do Chega, André Ventura, adiantou esta terça-feira, 21, que vai exigir explicações ao deputado do seu partido alvo de buscas por suspeita de crimes de furto qualificado e contra a propriedade, garantindo tirar consequências se necessário.

AP Photo/Alessandra Tarantino

"É exigível que sejam dadas explicações e que sejam retiradas consequências se essas explicações não foram satisfatórias. Não vai haver um milímetro de cedência e vamos exigir as mesmas regras que exigimos para os outros, independentemente de ser ou não um deputado do Chega", sublinhou André Ventura.

A PSP realizou hoje buscas nas casas do deputado do Chega Miguel Arruda em Lisboa e em São Miguel, nos Açores.

Fonte policial avançou à Lusa que em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade, tendo Miguel Arruda furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada quando viajava de e para os Açores no início e no final da semana de trabalhos parlamentares.

Nos Estados Unidos, onde participou em Washington nas cerimónias de tomada de posse de Donald Trump, o líder do Chega referiu à Lusa que soube do caso com "enorme surpresa a estupefação" e que já manifestou ao deputado Miguel Arruda a intenção de reunir "mal regresse a Lisboa".

"Mas também vou exigir que sejam dadas explicações públicas pelo próprio", vincou, sublinhando que não irá permitir que "haja qualquer refúgio na imunidade [ou] no estatuto de político".

"Sendo um deputado do Chega tem ainda uma responsabilidade maior sobre os eleitores e população em geral do que outro cidadão qualquer. Essa exigência já foi transmitida por mim, que as regras são para cumprir e que vamos exigir ainda mais", acrescentou.

André Ventura frisou também que o partido "não pode ter dois critérios", assegurando que sobre este caso terá "só um, o critério da exigência".

A PSP indicou ainda que o deputado do Chega não foi detido, sendo necessário o levantamento da imunidade parlamentar.

A notícia das buscas foi avançada pelo Público.

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