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Último debate autárquico de Lisboa marcado por possíveis acordos

15 de setembro de 2017 às 13:19

O último debate televisivo que juntou os 12 candidatos à presidência da Câmara Municipal de Lisboa ficou marcado pela possibilidade de acordos para a governação da cidade depois das eleições, tanto à esquerda como à direita

Os 12 candidatos à Câmara da capital juntaram-se hoje no Convento do Beato, em Lisboa, para discutir temas que marcam a atualidade da cidade, como a habitação, o turismo ou os transportes.

O último debate com todos os cabeças de lista durou perto de três horas e foi transmitido na RTP1 e RTP3.

A última ronda de perguntas aos candidatos foi dedicada a possíveis acordos para a governação da cidade, tendo Teresa Leal Coelho, a candidata do PSD, respondido que "naturalmente" não descarta esta hipótese. "Aquilo que me interessa é mudar as condições de vida das pessoas da cidade de Lisboa", disse.

Ainda à direita, a candidata e líder do CDS-PP, Assunção Cristas, advogou que lhe parece "bastante claro que em Lisboa pode de facto acontecer um acordo das esquerdas unidas", que junte PS, PCP e BE, "tal como existe a nível nacional".

"Eu represento uma alternativa a isto. E certamente contarei com o PSD para termos esta alternativa a um governo das esquerdas unidas, liderado pela 'Nossa Lisboa'", a sua candidatura, salientou, referindo que se sente preparada para assumir a presidência do executivo municipal.

Já num outro debate televisivo, Teresa Leal Coelho e Assunção Cristas comprometeram-se a exercer os cargos de vereadoras, caso sejam eleitas.

À esquerda, o candidato do BE foi o primeiro a pôr as cartas na mesa: "O Bloco está disponível, e já o disse, para uma viragem política à esquerda em Lisboa. As pessoas no país sabem que a sua vida está a melhorar. Fazemos a diferença no país e podemos fazer em Lisboa", vincou Ricardo Robles.

Mas o BE tem algumas condições para se poder "sentar e chegar a um entendimento" com PCP e PS, nomeadamente que seja dada primazia ao longo do mandato a temas como a habitação e transportes, e também à transparência na condução dos destinos da cidade.

O PCP, por seu turno, foi mais cauteloso.

"Quando apresentámos a candidatura dissemos que estávamos prontos e preparados para assumir todas as responsabilidades, incluindo naturalmente a presidência da Câmara Municipal", afirmou o candidato da CDU. João Ferreira, atualmente também vereador do PCP, disse também que nas autarquias onde a CDU tem maioria "é hábito distribuir vereadores à posição", mas não chegou a responder diretamente.

O candidato do PS, e atual líder do executivo municipal, apontou que "este é o momento para os lisboetas decidirem" o futuro da cidade, mas pretende "dotar Lisboa de uma solução política que assegure a sua estabilidade e governabilidade, como nos últimos quatro anos".

Também anteriormente, Fernando Medina afirmou que não iria pedir a maioria absoluta aos eleitores, como o PS detém atualmente na Câmara através de acordos celebrados com movimentos independentes.

Hoje, o socialista salientou que exercerá funções "a tempo inteiro e de corpo inteiro na Câmara", independentemente do resultado obtido a 01 de outubro.

Nas próximas eleições autárquicas concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP/MPT/PPM), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (independente apoiado pelo PDR e JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).

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