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Trabalhadores dos Registos e Notariado querem fazer parte dos grupos prioritários na vacinação

Rita Pereira Carvalho 23 de abril de 2021 às 18:41

Sindicatos pedem também igualdade nos horários de trabalho e defendem que as Lojas do Cidadão deveriam encerrar às 13h, e não às 15h, aos sábados, como acontece no setor privado.

Depois de anunciada a chegada de mais vacinas contra a covid-19, o plano de vacinação foi revisto e foram acrescentados novos grupos prioritários, como os doentes oncológicos ativos, pessoas com imunodepressão ou doenças mentais. Agora, à semelhança daquilo que está a acontecer com os docentes e não docentes, que começaram a ser vacinados no mês passado, os trabalhadores dos registos e notariado também querem fazer parte dos grupos prioritários. Querem também igualdade nos horários e pedem para fechar portas às 13h, aos sábados, tal como o setor privado. 

Vítor N. Garcia / Correio da Manhã

Em comunicado enviado às redações, os vários sindicatos deste setor juntaram-se para criar a Plataforma Sindical e assim reivindicar o acesso prioritário à vacinação. Os trabalhadores dos registos e notariado, que estão, por exemplo, no atendimento da Segurança Social ou Lojas do Cidadão, vão ser testados regularmente, como já tinha anunciado, aliás, o Governo. O objetivo é que os casos positivos sejam detetados o mais rápido possível, desencadeando uma testagem em massa num determinado local de trabalho. 

A esta medida, diz a Plataforma Sindical, não há nada a apontar, "antes pelo contrário". A Associação Sindical dos Conservadores de Registo, o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado e o Sindicato Nacional dos Registos - as três estruturas sindicais que compõem a plataforma - não querem é que "o Governo esqueça e desconsidere todo o atendimento presencial que é efetuado, desde sempre e sem interrupção, nas Conservatórias dos Registos e Espaços Registos, discriminando assim, negativamente, todos os trabalhadores e os milhões de cidadãos" que se deslocam aos espaços. 

Frisando que estes trabalhadores estiveram "desde a primeira hora na linha da frente", consideram incompreensível "que ainda não tenham sido colocados nos grupos prioritários para vacinação", sobretudo quando chegam informações de vacinação em organismos tutelados pelo Ministério da Justiça. Sobre este último, "foram vacinados alguns trabalhadores que não estão no atendimento e que não têm contacto com o público". 

Na onda da reivindicação por regras semelhantes às aplicadas noutros setores, a Plataforma Sindical faz um apontamento sobre os horários. Neste caso, as Lojas do Cidadão encontram-se de portas abertas aos sábados até às 15h, enquanto o decreto publicado a 17 de abril "determina que os estabelecimentos privados encerrem aos sábados, às 13h". Evocando "razões óbvias", a Plataforma Sindical pede igualdade: "torna-se imperioso que também as Lojas do Cidadão encerrem aos sábados, às 13h".

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