
Sindicatos de enfermeiros reúnem-se com a tutela em vésperas de greve
As reuniões ocorrem depois de a tutela ter suspendido em 16 de julho as negociações com os sindicatos por causa do pré-aviso de greve do SEP.
As reuniões ocorrem depois de a tutela ter suspendido em 16 de julho as negociações com os sindicatos por causa do pré-aviso de greve do SEP.
Plataforma sindical acusa o Governo de ter uma "postura intransigente" e de se "recusar a valorizar de forma justa a condição policial" da PSP e da GNR ao apresentar como proposta final um valor de subsídio de risco que "fica muito aquém" daquele considerado "mínimo de dignidade".
A concentração, em frente ao Ministério da Administração Interna, coincide com o debate que hoje se realiza entre os líderes do PS, Pedro Nuno Santos, e do PSD, Luís Montenegro, para as eleições antecipadas de 10 de março.
Prevê-se ainda que ano letivo arranque da mesma forma que terminou o anterior: com a forte contestação dos profissionais das escolas.
Há, no entanto, um tema cuja discussão o executivo já afastou, e que ficou de fora desta carta aberta, apesar de continuar a ser a principal reivindicação dos professores: a recuperação do restante tempo de serviço que esteve congelado (seis anos, seis meses e 23 dias).
Com chegada a Faro em 30 de maio, a "caravana pela EN2" incluirá cinco a seis paragens por dia, com ações junto dos professores, encontros com alunos, encarregados de educação e a população em geral, e plenários.
Em cima da mesa está uma proposta do Governo para corrigir assimetrias decorrentes do congelamento da carreira, através de um conjunto de medidas que permitem acelerar a progressão dos docentes que trabalharam durante os dois períodos de congelamento.
Iniciativa de um grupo de profissionais de educação que se organizam através das redes sociais, o acampamento de professores que hoje começa deverá manter-se até 1 de maio.
O ministro João Costa e o secretário de Estado António Leite reúnem-se com as nove organizações que integram a plataforma sindical informal, incluindo a Fenprof e FNE e, de seguida, recebem o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) e outros dois sindicatos.
Esta segunda-feira arrancam também as greves ao serviço extraordinário, ao sobretrabalho e à componente não letiva. Docentes ameaçam levar paralisações até ao final do ano letivo caso o Governo não recue.
Um ministro magoado, uma sindicalista de bata, as picardias entre os sindicatos e a pressão do Governo. Como é estar nas negociações dos professores?
A recuperação integral do tempo de serviço, uma das principais reivindicações dos docentes, não está em cima da mesa, mas há abertura do Governo para negociar com os sindicatos do setor quatro propostas concretas.
João Costa anunciou "aproximações" e os professores esperam para ver o que será apresentado na reunião desta quinta-feira. Mas a expectativa é baixa. "É mais um discurso para a opinião pública", diz Mário Nogueira à SÁBADO.
Sobre os problemas da carreira que os professores consideram ser de resolução prioritária, surgem o fim das quotas de avaliação e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões, a contagem integral do tempo de serviço e a correção das ultrapassagens na carreira.
"O tempo é para contar, não é para roubar" foi uma das frases mais gritadas pelos professores que exigem ao Governo que abra um processo negocial para a recuperação dos mais de seis anos em que tiveram as suas carreiras congeladas.
Milhares de professores marcharam do Marquês de Pombal ao Terreiro do Paço a exigir contagem do tempo de serviço congelado, condições laborais e critérios de recrutamento.