Secções
Entrar

Tancos: Diretor da PJ confirma tese da encenação na recuperação de material militar

26 de março de 2019 às 20:23

Luís Neves criticou também a forma como a PJM se comportou após o furto.

O diretor daPolícia Judiciária(PJ), Luís Neves, confirmou este terça-feira, no parlamento, que foi "uma encenação" a recuperação pelaPJ Militar(PJM), em outubro de 2017, de parte do material militar furtado nos paióis deTancos.

"Houve uma encenação que, no decurso da investigação, foi desmontada", afirmou Luís Neves, durante uma audição na comissão parlamentar de inquérito ao furto de Tancos, na Assembleia da República, em Lisboa.

O responsável pela Judiciária criticou também a forma como a PJM se comportou após o furto, em junho de 2017, admitindo que a investigação da PJ "foi destruída e esventrada" com sucessivas fugas de informação para a comunicação social, de que responsabilizou a Judiciária Militar.

O furto do material militar, entre granadas, explosivos e munições, dos paióis de Tancos, foi noticiado em 29 de junho de 2017 e parte do equipamento foi recuperado quatro meses depois.

O caso ganhou importantes desenvolvimentos em 2018, tendo sido detidos, numa operação do Ministério Público e da Polícia Judiciária, sete militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR, suspeitos de terem forjado a recuperação do material em conivência com o presumível autor do crime.

Este processo levou à demissão, ainda em 2018, do ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, e do chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte.

A comissão de inquérito para apurar as responsabilidades políticas no furto de material militar em Tancos, pedida pelo CDS-PP, vai decorrer até junho de 2019, depois de o parlamento prolongar os trabalhos por mais 90 dias.


"Houve uma encenação que, no decurso da investigação, foi desmontada", afirmou Luís Neves, durante uma audição na comissão parlamentar de inquérito ao furto de Tancos, na Assembleia da República, em Lisboa.

O responsável pela Judiciária criticou também a forma como a PJM se comportou após o furto, em junho de 2017, admitindo que a investigação da PJ "foi destruída e esventrada" com sucessivas fugas de informação para a comunicação social, de que responsabilizou a Judiciária Militar.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela