Secções
Entrar

Soflusa diz que não suspendeu acordo com mestres

08 de julho de 2019 às 16:24

Os profissionais da empresa responsável pelas ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa desmentem a Soflusa, no primeiro dia de greve.

ASoflusa, empresa responsável pelas ligações fluviais entre o Barreiro eLisboa, garantiu hoje que não suspendeu o acordo firmado em 31 de maio com os mestres, mas os profissionais afirmam o contrário.

"A Soflusa esclarece que não existe suspensão do Acordo de Princípio outorgado no dia 31 de maio, razão pela qual estão a decorrer reuniões com os sindicatos para a sua efetivação, em instrumento de Regulamentação Coletiva de Trabalho", frisou a secretária-geral da empresa, Margarida Perez Perdigão, numa resposta escrita enviada à Lusa.

Os mestres da empresa cumprem hoje o primeiro dia de greve, com uma adesão de 100%, reivindicando o cumprimento do acordo estabelecido em 31 de maio com a administração e oGoverno, de aumento do prémio de chefia, em cerca de 60 euros, que dizem ter sido "suspenso".

No entanto, a empresa desmente esta situação e criticou o Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante (STFCMM) por ter convocado a paralisação, que se estende até quarta-feira, e a greve ao trabalho extraordinário, que se iniciou no sábado e prolonga-se até 31 de dezembro.

"Apesar dos esforços que a empresa está a fazer nesse sentido [de negociação], da parte do Sindicato verificou-se a retoma da situação de greve, ao contrário do previsto no referido Acordo", mencionou Margarida Perez Perdigão.

Em oposição, Carlos Costa, do STFCMM, disse à Lusa que a administração "tomou essa decisão" de suspender o acordo, avançando que pode ter acontecido "por intermédio do Ministério das Finanças ou por recuo do secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade", José Mendes.

"Foi um bocado estranho, mas aconteceu", comentou o sindicalista.

Para esta tarde, Carlos Costa prevê que se mantenha "tudo parado", tanto a nível dos profissionais em greve, como as ligações fluviais entre o Barreiro, no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.

Segundo a página da Soflusa, apenas estão previstos os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral, de quatro carreiras (00:30 e 05:05 no Barreiro e 1h00 e 5h30, no Terreiro do Paço).

De acordo com a empresa, "hoje serão prejudicados 32.000 passageiros que utilizam diariamente a ligação fluvial".

Para diminuir o impacto nos utentes, a Soflusa está a reforçar a oferta no terminal do Seixal, no distrito de Setúbal, até às 00:00, disponibilizando estacionamento gratuito e transporte rodoviário entre o Barreiro e o Seixal. O título de transporte do Barreiro também está válido nas ligações do Montijo e Cacilhas, em Almada.

Para quinta-feira está marcada uma reunião entre a administração e o STFCMM.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela