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Sindicato estima que 60 a 70% das escolas do Porto encerrem devido à greve

04 de maio de 2018 às 10:19

A greve é convocada por estruturas sindicais afectas às duas centrais sindicais, CGTP e UGT, no dia em que o calendário escolar tem marcada uma prova de aferição de Educação Física.

O presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores, Assistentes e Auxiliares de Educação da Zona Norte disse hoje à Lusa que se prevê "o encerramento de 60 a 70% de escolas no Porto" devido à greve dos trabalhadores não docentes.

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Foto: Cofina Media
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Na Escola Filipa de Vilhena, no centro da cidade do Porto, que encerrou, Carlos Guimarães, que é também vice-secretário geral da Federação Nacional de Educação (FNE), explicou que o protesto visa, entre outras reivindicações, exigir "a integração dos precários e uma carreira específica".

A greve é convocada por estruturas sindicais afectas às duas centrais sindicais, CGTP e UGT, no dia em que o calendário escolar tem marcada uma prova de aferição de Educação Física para os alunos do 2.º ano de escolaridade.

À porta da Filipa de Vilhena concentravam-se dezenas de alunos a decidir o que fazer com "um dia livre de aulas, longe dos professores chatos".

"Ainda bem que há greve, assim não temos aulas e não temos de aturar professores que não gostamos", afirmou Ricardo Pinto, acrescentando que o seu grupo de amigos irá "dar uma volta" e eventualmente "almoçar no Mac".

Ambiente diferente, no que se refere à concentração de alunos, vivia-se junto à Escola Clara de Resende, na zona do Bessa, que também encerrou devido à greve.

Segundo explicaram os poucos pais e alunos que iam passando, "já todos sabem que em dias de greve como esta, a escola não funciona. Muitos já nem vêm, outros passam de carro e seguem".

Junto à Clara de Resende, o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, Orlando Gonçalves, disse aos jornalistas que a expectativa é de que "esta greve vá ter uma adesão muito forte".

"Os trabalhadores sentem de facto as suas expectativas defraudadas, este Governo prometeu muito e cumpriu muito pouco, nomeadamente no que diz respeito à precariedade dos trabalhadores", sublinhou.

Apesar de ainda ser cedo, porque as escolas abrem cerca das 08:30, Orlando Gonçalves admitiu que a maior parte das sedes dos agrupamentos escolares do porto irão estar encerradas.

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