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S. Pedro do Sul: PSD quer que inquérito avalie responsáveis nacionais e locais

17 de agosto de 2016 às 20:06

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Viseu e membros da comissão política do PSD de S. Pedro do Sul visitaram esta quarta-feira áreas do concelho atingidas por um incêndio que começou no dia 08 em Arouca (distrito de Aveiro) e durou cerca de uma semana

O deputado parlamentar do PSD Leitão Amaro considera que o inquérito para apurar o que correu mal com o início do combate ao incêndio em São Pedro do Sul deve avaliar "todos os responsáveis nacionais e locais". 

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Viseu e membros da comissão política do PSD de S. Pedro do Sul visitaram esta quarta-feira áreas do concelho atingidas por um incêndio que começou no dia 08 em Arouca (distrito de Aveiro) e durou cerca de uma semana. O objectivo da visita foi não só conhecer no terreno o impacto do incêndio e transmitir "uma palavra de solidariedade" às populações afectadas e aos bombeiros, mas também "iniciar o processo de fiscalização e de responsabilização política".

"Saudamos a realização do inquérito, mas ele deve avaliar a intervenção dos agentes aos vários níveis", afirmou Leitão Amaro à agência Lusa, aludindo ao inquérito anunciado na segunda-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, na sequência de queixas que ouviu do presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, Vítor Figueiredo. O deputado disse que têm que ser averiguadas as responsabilidades do Governo central, que tem o dever de "encontrar respostas e mobilizar esforços".

No entanto, contou que os deputados foram "confrontados com várias informações" que lhes deixaram "preocupações relativamente à intervenção local", como "o não envolvimento dos serviços técnico florestais da Câmara" ou a não realização de "pequenas intervenções" que tinham sido pedidas pelos presidentes de Junta para abertura de faixas de contenção dos fogos.

"O presidente da Câmara é o órgão máximo da protecção civil ao nível local", frisou, acrescentando que, mesmo o Plano Municipal de Emergência e Protecção Civil não estando aprovado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, o autarca "tem responsabilidade de coordenar esforços".

Ao final da manhã desta quarta-feira, em conferência de imprensa, Vitor Figueiredo considerou que a Câmara fez atempadamente o trabalho que devia: promoveu 20 acções de sensibilização nas freguesias, abriu e limpou 127 quilómetros de estradões florestais, passou 194 notificações para limpeza de mato e disponibilizou 48 pontos de água (oito aéreos, 14 terrestres e 26 mistos).

"Num sítio onde o fogo passou foi feita uma faixa de limpeza de mato de 100 metros, que deveria ser o suficiente para estancar o fogo. A verdade é que, não havendo lá nenhum meio de bombeiros para poder combater o fogo, ele passou", explicou.

No que respeita ao Plano Municipal de Emergência e Protecção Civil, o autarca disse que está feito e "só não foi accionado porque foi enviado a 1 de Dezembro de 2015 para a Autoridade Nacional de Protecção Civil e, desde essa data até ao momento, ainda não foi aprovado", nem foi dada qualquer explicação à autarquia.

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