Secções
Entrar

Ramos militares garantiram ao Governo que não produziram relatório

28 de setembro de 2017 às 13:26

O ministro da Defesa Azeredo Lopes pediu respostas "com a máxima urgência"


O Exército, a Força Aérea e a Marinha garantiram ao ministério da Defesa Nacional que não produziram ou divulgaram qualquer relatório "com o teor ou âmbito" do documento noticiado peloExpresso no sábado passado, relativo ao furto de Tancos.

1 de 3
Foto: Lusa
Foto: Lusa
Foto: Lusa

O ministério da Defesa pediu na segunda-feira aos ramos para averiguarem internamente a possibilidade "de ter sido produzida ou divulgada" qualquer "informação com teor e âmbito" referidos no relatório atribuído peloExpressoa "serviços de informações militares".

Para além dos CISMIL (centro de informações militares, no Estado-Maior General das Forças Armadas), os ramos têm também os respectivos serviços de recolha de informação.

No ofício enviado na segunda-feira aos ramos, a que a Lusa teve hoje acesso, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, pediu respostas "com a máxima urgência", acrescentando que as notícias em causa "se referem expressamente a `serviços de informações militares" e a "documentos sobre segurança militar" referentes ao "incidente de segurança" nos paióis de Tancos que "terão sido comunicados a determinadas entidades públicas".

Na resposta, com data de terça-feira, o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, refere que o ramo "não produziu qualquer informação com o teor e o âmbito" referidos nas notícias.

A Marinha respondeu na segunda-feira que os seus serviços "não produziram ou divulgaram qualquer relatório ou informação que possa ser relacionada com o assunto" e, na quarta-feira, a Força Aérea referiu igualmente que "não foi produzido ou divulgado" pelos seus serviços "qualquer informação com o teor ou âmbito" noticiados.

O semanárioExpressodivulgou no sábado um relatório, que atribuiu aos "serviços de informações militares", com cenários "muito prováveis" de roubo de armamento em Tancos e com duras críticas à actuação do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, na sequência do caso conhecido em 29 de Junho.

No domingo, o ministro da Defesa Nacional admitiu que o noticiado relatório sobre o furto de armamento da base de Tancos tenha sido "fabricado" e que possam existir "objectivos políticos" na sua divulgação.

No sábado, o Estado-Maior General das Forças Armadas divulgou um comunicado a esclarecer que o seu Centro de Informações e Segurança Militar (CISMIL) não produziu qualquer relatório sobre o assunto.

No sábado à noite, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o documento não pertence a "nenhum organismo oficial" do Estado.

Numa nota divulgada posteriormente na sua página da Internet, o Expresso reiterou que "o documento existe e é verdadeiro" e que "foi elaborado, tal como se escreveu, para conhecimento da Unidade Nacional de Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária e do Serviço de Informações de Segurança (SIS)".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela