PSD. UTAO confirma falência da realidade "vendida" pelo Governo
Luís Montenegro considera que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental, como outras entidades, confirma que a "realidade" que tem sido "vendida" pelo Governo "não corresponde àquilo" que se passa no País
"Tem-nos sido vendida uma realidade que não corresponde àquilo que se está a passar no País". Foi desta maneira que o PSD, através de Luís Montenegro, reagiu aos dados divulgados pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental, que indicam que "será necessário arrecadar 17.434 milhões de euros nos últimos quatro meses de 2016" para cumprir o objectivo incluído no Orçamento do Estado para 2016 (OE2016).
"É isso que a UTAO vem reiterar, a exemplo do que tem sucedido com outras entidades", vincou o líder parlamentar do PSD, sustentando que a UTAO, como outras entidades, "tem tido intervenções públicas no sentido de alertar para vários riscos e incertezas no caminho da execução orçamental do País".
"Temos todo o interesse como portugueses que as contas batam certo e consigamos chegar ao fim do ano com um défice orçamental controlado, mas ter também a economia a crescer, criar emprego, exportações a crescer, alicerçar no crescimento da economia grande parte da diminuição do défice", reforçou ainda.
No OE2016, o Governo tinha previsto que a receita das administrações públicas com impostos crescesse 2,7% nos 12 meses, um comportamento que ficaria a dever-se ao aumento de 6,3% na receita dos impostos indirectos e a uma redução de 1,2% da dos directos.
No entanto, até Agosto, a receita fiscal diminuiu 0,9% (tinha aumentado 1% até Julho), sendo que "a taxa de variação homóloga acumulada dos impostos indirectos até Agosto foi de 4,3%" (abaixo dos 6,3% previstos) e a receita dos impostos directos registou "uma redução acentuada de 6,9% (-3,8% até Julho), a qual se deveu ao desempenho desfavorável da receita de IRC e de IRS".
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