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Provas-ensaio começam em poucas escolas e sem grande impacto da greve

Lusa 10 de fevereiro de 2025 às 14:37

O objetivo das provas-ensaio é garantir também que os alunos tenham um contacto prévio com a plataforma eletrónica de realização de provas.

As provas ensaio do ensino básico arrancaram esta segunda-feira "em muito poucas escolas" e sob a ameaça de greve dos professores, que teve pouco impacto, segundo a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

André Guerreiro/Correio da Manhã

A partir de hoje e até ao final do mês, osalunos do 4.º, 6.º e 9.º ano vão fazer provas-ensaioa várias disciplinas, cabendo às escolas escolher os dias e as horas a que se realizam, sendo que "a maior parte não começou hoje", disse à Lusa o presidente da ANDAEP.

"Eu só começo amanhã, outros começam na quarta ou na quinta-feira. A grande maioria não começa já hoje, porque o calendário é feito pelas próprias escolas, que preferem não marcar logo para o primeiro dia, para ter mais tempo para se prepararem", explicou Filinto Lima.

Nesta primeira semana, os alunos vão mostrar os seus conhecimentos a Português, seguindo-se os de Inglês (4.º ano) e de História e Geografia (6.º ano) e, na última semana de fevereiro, será a vez das provas-ensaio de Matemática.

Neste primeiro dia de provas-ensaio, "poderá ter havido um ou outro constrangimento relacionado com o material digital ou a internet, mas é uma coisa muito pontual", segundo Filinto Lima.

O diretor escolar lembra que um dos objetivos destes testes é identificar eventuais problemas e avaliar a capacidade tecnológica das escolas, antes das provas finais de 3.º ciclo e das provas Monitorização da Aprendizagem (ModA) para que possam ser corrigidos a tempo das provas nacionais, que irão decorrer entre maio e junho.

As provas-ensaio vão realizar-se sob a ameaça de greve dos professores a tarefa como o secretariado de exames, vigilância ou classificação das provas, segundo os pré-avisos da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop).

"Não tenho conhecimento de nenhuma escola em que a greve tenha afetado as provas de hoje, mas, mais uma vez, ainda são poucas as escolas que hoje fizeram as provas-ensaio. Nos próximos dias, poderá notar-se mais o impacto da greve", acrescentou Filinto Lima.

O objetivo das provas-ensaio é garantir também que os alunos tenham um contacto prévio com a plataforma eletrónica de realização de provas.

Apesar de não servirem para avaliação externa, as escolas poderão usar os resultados das provas-ensaio na nota final dos seus alunos, mas também aqui, as opções foram muito variadas: "Há de tudo nas escolas, uns vão usar, enquanto outros não. É uma decisão autónoma de cada escola", disse Filinto Lima.

As provas-ensaio, elaboradas pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), são obrigatórias e terão a duração de 45 minutos.

No ano passado, o Governo decidiu suspender as provas digitais no 9.º ano por considerar que as escolas e os alunos não estavam preparados.

Em novembro, o ministério libertou uma verba de cerca de 10 milhões de euros para que as escolas fizessem a manutenção e adquirissem novos computadores e foram contratualizados aparelhos de 'hotspot' ('routers' portáteis) para todos os alunos que realizam as provas digitais e para cada sala de aula.

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