PR não teve conhecimento de demissão de adjunto de secretário de Estado
Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar o pedido de demissão do adjunto do secretário de Estado do Ambiente, Armindo Alves, apontando não ter tido ainda conhecimento do caso.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou esta quarta-feira comentar o pedido de demissão do adjunto do secretário de Estado do Ambiente, Armindo Alves, apontando não ter tido ainda conhecimento do caso.
"Não sei de nada. Estive em várias tarefas, estão a dar-me uma informação, não sei de nada", começou por dizer o chefe de Estado quando questionado pelos jornalistas no final da cerimónia de comemoração dos 50 anos da COSEC - Companhia de Seguro de Créditos, SA, que decorreu em Lisboa.
Apontando que ainda terá de se informar sobre o assunto, o Presidente da República afirmou que "talvez amanhã" (quinta-feira) tenha "alguma coisa para dizer".
Questionado sobre se existem efetivamente muitas relações familiares no Governo liderado por António Costa, Marcelo respondeu apenas: "Se eu não sei de nada, não especulo".
"Eu não vou agora pronunciar-me sobre uma questão que no fundo tem a ver com outra questão que não conheço. Vamos esperar [por] amanhã", referiu, após a insistência da comunicação social.
Sobre os pedidos de intervenção do Presidente da República nestes casos, o chefe de Estado recordou a sua posição, que "tudo o que depender dele em termos de poder -- nomeação, exoneração -- depende dele", enquanto "tudo o que depender de magistério, já teve ocasião de dizer várias vezes o que pensa sobre isso, desde o discurso da posse".
"Quanto ao mais, não há mais nada a dizer agora", reforçou.
O adjunto do secretário de Estado do Ambiente Armindo Alves abandonou hoje as funções que exercia no gabinete depois de se saber que era primo do membro do Governo que assessorava, confirmou à agência Lusa fonte do ministério.
A notícia foi divulgada hoje pelo jornal 'on-line' Observador e confirmada à agência Lusa por fonte do Ministério do Ambiente, tutelado por João Pedro Matos Fernandes.
"O ministro do Ambiente soube ontem [terça-feira] (da existência de uma relação familiar entre o secretário de Estado e o seu adjunto, quando foi confrontado pelo jornal Observador)", disse à agência Lusa a mesma fonte.
Armindo Alves, que é primo do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, pediu a exoneração de funções logo que se soube da notícia, acrescentou.
O pedido de exoneração acontece numa altura em que a oposição questiona as relações familiares entre membros do executivo.
De acordo com o Observador, Armindo Alves --- que foi nomeado em setembro de 2016 e renomeado em novembro de 2018 pelo seu primo secretário de Estado --- vai agora voltar ao seu lugar de origem nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Loures.
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