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Politécnico de Leiria vítima de roubo de dados

Alexandre R. Malhado 12 de maio de 2023 às 20:44

O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) revela à SÁBADO que ataque informático ao IPL trata-se de "um ataque de ransomware, variante AKIRA". Dados sensíveis estão em risco.

O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) foi vítima de um ataque informático há mais de uma semana. Desde dia 2 de maio, o site está em baixo, vários sistemas estão inacessíveis e, segundo relatos de funcionários, não tem havido condições regulares de trabalho, desde fotocopiadoras sem funcionar até a plataformas de e-learning e sistemas de comunicações indisponíveis. ÀSÁBADO, o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) revela que se trata de "um ataque de ransomware, variante AKIRA".

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"O Instituto Politécnico de Leiria foi vítima de um ataque de ransomware, variante AKIRA. O CERT.PT foi notificado pelo Instituto Politécnico de Leiria e encontra-se a recolher indicadores técnicos, em estreita articulação com a Polícia Judiciária", afirma fonte oficial do CNCS, sem adiantar em concreto qual a previsão para o sistema do IPL estar integralmente reposto. "Decorrem neste momento trabalhos de recuperação, que se espera estarem terminados em breve."

Qual o alcance do ataque? E que dados podem ter sido comprometidos? Apesar de o CNCS não ter revelado àSÁBADO, o grupo que reivindicou este ataque nadeep webalega ter "conteúdos sensíveis" de alunos e da própria instituição. "Vamos publicar a informação em nossa posse assim que a organização deixar de querer saber dela", lê-se ainda na mensagem. Sendo um ataqueransomware, significa que é um 'rapto' de dados: roubaram informação interna do IPL e ameaçam divulgá-la caso não paguem o resgate exigido.


A nova variante AKIRA foi lançada em março de 2023 — e tem tido como principais alvos empresas e organismos públicos. Desde universidades até consultoras, passando por firmas do setor financeiro e imobiliário, são ataques cirúrgicos para roubar informação sensível e exigir centenas de milhares de euros. Já atacaram mais de 16 instituições, tendo divulgado dados de pelo menos quatro das suas vítimas. Segundo os sites da especialidade, já divulgaram entre 5.9 GB e 259 GB só para uma empresa.

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