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Patrões exigem requisição civil "urgente" por incumprimento dos serviços mínimos

12 de agosto de 2019 às 15:35

ANTRAM revelou ainda "estão a ser abertos processos disciplinares aos trabalhadores que estão a cometer crimes".

AANTRAMacusou os sindicatos de não estarem a cumprir os serviços mínimos nagreve de motoristase pede umarequisição civil"urgente". O representante legal dos patrões dos motoristas, André Matias de Almeida, revelou ainda "estão a ser abertos processos disciplinares aos trabalhadores que estão a cometer crimes".

"Em Sines, os serviços mínimos estão a ser incumpridos a 100%, no Aeroporto de Lisboa deveriam estar a 100% e estão a 25%, na Petrogal, por exemplo, deveriam ter sido feitas 225 cargas e foram 48", revelou a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias em comunicado. No mesmo, André Matias de Almeida assegurou que "tudo corria normalmente até às declarações públicas" do representante do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, Pedro Pardal Henriques, durante a manhã. Aos jornalistas, este último disse que os motoristas associados àquela estrutura sindical iam deixar de cumprir os serviços mínimos, acusando o Governo e as empresas de não estarem a respeitar o direito à greve.

A ANTRAM revelou que que há motoristas que "abandonaram as empresas para se juntarem a Pedro Pardal Henriques e há empresas que não têm ninguém para fazer os serviços mínimos hoje à tarde".

Já em declarações àRádio Observador, o presentante legal dos patrões dos motoristas recordou que "a responsabilização será dos trabalhadores e não de Pedro Pardal Henriques, que apelou aos trabalhadores para que incumprissem os serviços mínimos". "Há processos disciplinares, processos crime e poderão, em última instância, ser despedidos", assegurou, atirando: "São trabalhadores que têm contas para pagar."

No domingo, o primeiro-ministro, António Costa, advertiu que as forças de segurança foram instruídas para assegurar o "devido sancionamento" em caso de incumprimento de uma eventual requisição civil, apelando para que impere o "bom senso". O Executivo está a avaliar o cumprimento dos serviços mínimos decretados, que variam entre os 50% e os 100%, e está preparado para aprovar, através de Conselho de Ministros eletrónico, a requisição civil. No entanto, esta manhã, o primeiro-ministro destacou que a greve dos motoristas está a decorrer com normalidade estando a ser cumpridos os serviços mínimos e descartou, para já, haver necessidade de decretar a requisição civil.

Notícia atualizada às 16h27.



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