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Passos diz que primeira versão do Orçamento "cedeu à realidade"

14 de fevereiro de 2016 às 09:31

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse ontem que a primeira versão do Orçamento de Estado para 2016 cedeu à realidade e, passando para a terceira versão, descobre-se que afinal é contracionista

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse ontem, dia 13, que a primeira versão do Orçamento de Estado (OE) para 2016 cedeu à realidade e, que passando para a terceira versão, descobre-se que afinal écontracionista.

"A primeira versão do OE cedeu à realidade. E, depois de poderem proclamar que iam cumprir todas as promessas milagrosas, de restituir os rendimentos sem que isso pusesse em causa o equilíbrio do OE, a redução da dívida e as regras europeias, passamos para a terceira versão em que se descobre que afinal o OE, não só não é expansionista mas écontracionista."

Passos Coelho falava em Castelo Branco, durante uma sessão com simpatizantes e militantes do PSD no âmbito da sua recandidatura à liderança do partido.


O presidente do PSD sublinhou que afinal já não vai haver um choque no consumo porque os impostos vão incidir mais de modo a desincentivá-lo.

"Só não se percebe é como é que a economia vai crescer mais com a procura interna. Se as pessoas fumarem menos do que o ano passado, se consumirem menos combustíveis, recorrerem menos ao crédito, o Estado não vai buscar a receita que dizia ir arrecadar. E, se não vai buscar tem défice, se tem défice tem dívida. Quem é que a paga? Isto parece uma falácia. Não parece, é uma falácia", sustentou.

O antigo primeiro-ministro adiantou que continua a "não acreditar" que os objectivos que estão inscritos no OE para 2016, sejam atingidos.

"Estes pressupostos [do OE] estão errados, nem o Governo acredita neles", disse.

Passos Coelho sustenta que "basta ouvir um deputado do PS a explicar que a carga fiscal vai aumentar, referindo-se ao professor de finanças públicas, Paulo Pereira, e depois ouvir um professor de economia do trabalho que é ministro das Finanças, a explicar que baixa a carga fiscal".

E, conclui que nem eles, "acreditarão totalmente naquilo que estão a fazer. O que queriam fazer mesmo era um milagre. Mas, como não há milagres, vamos ver no que é que isto dá. Eu espero que não dê muito errado".

O presidente do PSD sustentou que "normalmente, os socialistas têm uma grande habilidade para redistribuir a riqueza gerada, mas têm sempre imensa dificuldade em encontrar mecanismos de geração de riqueza".

"Nós se queremos acrescentar prosperidade ao país, temos de executar reformas que nos permitam gerar de um lado, confiança, e do outro lado, acrescentar valor e com isso poder realmente ter um resultado social, mais justo e mais equilibrado", concluiu.

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