Novo presidente da ULS Viseu foi acusado de assédio
António Sequeira apresenta ainda currículo com informações diferentes entre si. Queixas remontam ao período em que chegou agrupamento de centros de saúde do Pinhal Interior, entre 2009 e 2012.
O novo presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) de Viseu nomeado pela ministra Ana Paula Martins já foi alvo de queixas de assédio moral e sexual. António Sequeira tem apresentado também diferentes versões do seu currículo, nos cargos públicos que tem desempenhado, escreve esta sexta-feira oNascer do Sol.
António Sequeira assume a presidência do Conselho de Administração depois da anterior direção se ter demitido, em junho, na sequência das declarações da ministra da Saúde em relação à qualidade das administrações hospitalares. O novo líder da ULS de Viseu já foi diretor-executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Pinhal Interior, entre 2009 e 2012 e presidente do Conselho de Administração do Hospital Arcebispo João Crisóstomo (Cantanhede), entre 2016 e 2020. Pertence ao quadro da ARS do Centro.
Foi enquanto dirigente do ACES do Pinhal Interior que acabou por ser alvo de queixas por assédio. Um processo começou como assédio moral e acabou por dar lugar a mais três queixas de assédio sexual. Depois de encaminhado o processo para a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS), o relatório final propôs o seu arquivamento. "Tive mais de 30 pessoas, mulheres, muitas delas dispensadas pelo inspetor da IGAS, que garantiram que ficavam até altas horas da noite no centro de saúde e nunca tiveram problemas", respondeu o próprio ao Nascer do Sol.
Já quanto às disparidades nos currículos, António Sequeira aparece umas vezes como tendo o Curso de Bacharelato das Tecnologias das Indústrias Alimentares e depois surge como licenciado em Engenharia Alimentar. O administrador refere que o seu curso "tem três designações". Surgem também diferenças em relação ao curso de Marketing que fez no IPAM e ainda em relação à licenciatura em Gestão que tirou na Universidade Internacional da Figueira da Foz, encerrada compulsivamente em 2009, ano em que terminou o curso.
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