MP investiga indícios de falsificação de documentos no BE
O DIAP de Lisboa está a investigar o despedimento das trabalhadoras do BE que perderam o trabalho pouco tempo depois de terem sido mães.
O Ministério Público (MP) está a investigar o caso das trabalhadoras que foram despedidas do Bloco de Esquerda (BE) pouco tempo depois de terem sido mães. A SÁBADO avançou a semana passada que entre 2022 e 2024, o Bloco despediu cinco mulheres que tinham sido mães há pouco tempo, algumas delas ainda a amamentar.
A notícia da abertura do inquérito foi avançada pelo Observador e confirmada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) à SÁBADO. "Confirma-se a instauração de inquérito, o qual corre termos no DIAP de Lisboa", informa fonte oficial da PGR.
Esta quinta-feira, Amadeu Guerra confirmou a abertura de um inquérito aos jornalistas. "Estivemos a estudar as questões, pareceu-nos que era possível e que havia condições para, pelo menos, averiguar e depois daremos o despacho quando fizemos a investigação", afirmou o Procurador-Geral da República.
"Os indícios que também temos são de falsificação, mas isso não significa que que se venha provar, portanto nós o que vamos fazer é investigação, como fazemos em todas as situações", anunciou.
Numa comunicação enviada aos militantes do partido, Mariana Mortágua reconheceu que o partido cometeu erros no "processo penoso" de despedimentos após as legislativas de 2022, época na qual o BE viu a sua subvenção pública substancialmente reduzida depois de passar de 19 para cinco deputados na Assembleia da República. No caso particular de duas trabalhadoras que foram despedidas e que tinham sido mães há pouco tempo, os contratos foram excecionalmente estendidos de março até dezembro desse ano sob a forma de contratos fantasmas.
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