Ministra: Arresto de obras não põe em causa Museu Coleção Berardo
"Para que a decisão do tribunal seja verdadeiramente eficaz, há um conjunto de iniciativas que o tribunal tem de fazer", frisou.
O arresto decretado das obras de arte do empresário José Berardonão põe em causa a existência do Museu Coleção Berardo, garantiu hoje à Lusa a ministra da Cultura, Graça Fonseca.
Questionada pela Lusa, à margem de um almoço debate sobre Cultura e Economia, em Lisboa, Graça Fonseca escusou-se a comentar a presença de agentes de execução hoje no Museu Coleção Berardo, situado no Centro Cultural de Belém.
O registo de interesses de Graça Fonseca está à partida correto. Nele, a ministra da Cultura refere que tem participação no capital social de duas empresas: A Joule Internacional Serviços de Engenharia e a Joule Projetos, Estudos e Coordenação. Em ambas, a sua quota é de 8 por cento.
"Para que a decisão do tribunal seja verdadeiramente eficaz, há um conjunto de iniciativas que o tribunal tem de fazer. [...] Nesta fase qualquer palavra a mais pode estragar tudo", afirmou a ministra.
As obras de arte que desde 2006 compõem o acervo do Museu Coleção Berardo são propriedade da Associação Coleção Berardo e, segundo fonte ligada ao processo, só estas estão abrangidas pelo arresto decretado na sequência de uma providência cautelar interposta pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), pelo BCP e pelo Novo Banco, credores do empresário José Berardo, conhecido como Joe Berardo.
"Eu não sei de nada, nem fui notificado. Estou à espera de ser notificado", afirmou Joe Berardo à SÁBADO, quando confrontado com a presença de agentes de execução no Museu Coleção Berardo, em Lisboa. O empresário não se encontra no Centro Cultural de Belém (CCB), onde se encontram os agentes.
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