Secções
Entrar

Madeira assegura viagens aéreas a 65 euros para universitários

19 de setembro de 2018 às 15:30

Estudantes universitários madeirenses vão pagar apenas 65 euros nas viagens aéreas entre a região e o continente no ano lectivo de 2018/2019.

Os estudantes universitários madeirenses vão pagar apenas 65 euros nas viagens aéreas entre a região e o continente no ano lectivo de 2018/2019, anunciou hoje o Governo Regional, indicando que a operação abrange quatro viagens.

"Esta solução visa resolver um problema social, devido à prática de preços pornográficos, sobretudo pela companhia que tem a maioria do capital do Estado [a TAP] e sobretudo nas alturas de pico", afirmou o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, em conferência de imprensa no Funchal.

A medida entra em vigor em Novembro e cobre apenas quatro viagens (ida e volta) no presente ano lectivo, sendo que o objectivo é garantir passagens ao preço estipulado no subsídio de mobilidade - 65 euros para estudantes - nomeadamente nos dois períodos de maior procura: Natal/Fim de ano e Páscoa.

Com este modelo, os estudantes pagarão nas agências de viagem aderentes os 65 euros no ato da reserva e o Governo Regional assumirá o pagamento do restante até um tecto de 400 euros por bilhete.

Se o preço da passagem for superior a este valor, o estudante terá de assumir o remanescente.

"Esta iniciativa do Governo da Região Autónoma da Madeira é para solucionar um problema que tem afectado muito as famílias madeirenses e porto-santenses, que é o adiantamento de verbas na compra de passagens relativamente aos estudantes universitários que estão no continente", explicou Miguel Albuquerque, sublinhando que o Governo da República devia servir-se deste exemplo para agilizar o subsídio de mobilidade.

Actualmente, o subsídio garante viagens aéreas entre a Madeira e o continente a 65 euros para estudantes e 86 euros para residentes, contudo as companhias praticam preços muito superiores, por vezes mais de 500 euros, valor que é obrigatoriamente pago pelo passageiro, sendo reembolsado após a viagem.

"Isto tem obrigado ao adiantamento por parte das famílias de verbas exorbitantes para que os seus filhos possam cumprir aquilo que é elementar num Estado de direito e num Estado social, que é o acesso ao ensino superior", disse Miguel Albuquerque.

O presidente do executivo sublinhou que o Governo da República, que é responsável pelo subsídio, só não encontra uma "solução prática" para "facilitar" a mobilidade dos madeirenses porque "não quer".

"Esta questão já podia estar resolvida há muito tempo se houvesse vontade política para a resolver. Não resolvem porque não querem. Não resolvem porque a mobilidade dos madeirenses e porto-santenses não é importante no contexto nacional", disse.

As autoridades regionais estimam que cerca de 6.000 madeirenses estudam actualmente nas universidades do continente.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela