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Jerónimo diz ser preciso “mudar mesmo para avançar” e critica “chantagem” à ADSE

18 de fevereiro de 2019 às 14:08

O secretário-geral comunista lamentou a "chantagem" de grupos de capital privado ao Instituto de Proteção e Assistência na Doença (ADSE).

O secretário-geral comunista defendeu esta segunda-feira ser preciso "mudar mesmo para avançar" em termos de políticas e lamentou a "chantagem" de grupos de capital privado ao Instituto de Proteção e Assistência na Doença (ADSE).

Jerónimo de Sousa, no início de jornadas parlamentares, em Braga, declarou que "a solução para os graves problemas do país não se assegura recriando variantes à volta do fracassado modelo que o levou ao retrocesso e atraso" e "não se supera a perniciosa política da ditadura do défice com momentâneos artifícios orçamentais".

"É preciso mudar mesmo para avançar. Mudar a política e não insistir na ilusória e falsa possibilidade de compatibilização do desenvolvimento do país com a submissão ao capital monopolista, aos juros da dívida, ao euro, às imposições da União Europeia", afirmou.

No discurso de abertura dos trabalhos dos deputados no distrito bracarense, o líder do PCP, esclareceu que, "sendo as últimas [jornadas parlamentares da atual legislatura], não é ainda, porém, tempo de balanço, mas sim de olhar para a realidade portuguesa e da região".

"Se não se foi mais longe, se ficaram medidas por tomar, não foi por falta de proposta ou iniciativa do PCP. Isso deve-se às opções do PS e do seu Governo minoritário e ao papel que PSD e CDS assumiram, de suporte ao Governo PS quando este precisou deles para rejeitar propostas do PCP", salientou, após elencar várias medidas de reposição de rendimentos e direitos alcançadas nos últimos três anos.

Jerónimo de Sousa mostrou particular preocupação com a situação do setor da saúde, que "tem sido, desde há muito, o alvo preferencial a abater por parte dos grupos económicos".

"A ADSE exigiu aos grupos económicos que devolvam os milhões que receberam indevidamente por cobranças a que não tinham direito e a resposta não se fez esperar- a ameaça de recusa em prestar cuidados de saúde e rasgar os contratos com a ADSE. Uma operação de chantagem que deixa claro quanto vale o direito à saúde para os grupos privados. O Governo não deve ceder à chantagem e, se necessário, deve recorrer, incluindo utilizar os mecanismos legais de requisição de serviços, para que toda a capacidade na área da saúde se mantenha ao serviço das populações", concluiu.

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