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Covid-19: Rio considera que não é patriótico atacar Governo durante a crise sanitária

15 de abril de 2020 às 11:00

O presidente do PSD considera que a maioria dos militantes sociais-democratas "tem também apoiado e assumido esta postura".

O presidente do PSD defendeu que "não é uma posição patriótica" aproveitar as "fragilidades políticas" e atacar o Governo durante a crise da covid-19, prometendo que o país poderá contar com o partido nos "tempos bem difíceis" que prevê.

Numa carta enviada na terça-feira aos militantes, divulgada pela Rádio Renascença e hoje publicada pelo PSD nas suas redes sociais, Rio justifica a posição que tem tido como líder da oposição, que classifica como "uma atitude de cooperação com o Presidente da República e com o Governo de Portugal".

"Lamentavelmente, na vida política nem sempre essa união contra o inimigo comum acontece, pois, não raras vezes, aparecem os que não resistem à tentação de agravar os ataques aos governos em funções, aproveitando-se partidariamente das fragilidades políticas que a gestão de uma tão complexa realidade sempre acarreta", aponta o líder social-democrata.

Para o presidente do PSD, "essa não é, neste momento, uma postura eticamente correta".

"E não é, acima de tudo, uma posição patriótica. O que as pessoas querem (e bem!) é eliminar o vírus o mais depressa possível, dispensando uma instabilidade política que só dificulta o que já, de si, não é fácil de resolver", defende.

O presidente do PSD considera que a maioria dos militantes sociais-democratas "tem também apoiado e assumido esta postura", o que diz ser motivo de satisfação e orgulho.

"Ver o nosso partido com sentido de Estado e da responsabilidade, é vê-lo a honrar o seu passado e a pôr Portugal à frente de tudo o mais", considera.

Rio alerta que "Portugal vai ter de passar por tempos bem difíceis, depois desta prolongada paragem económica" e garante que o país poderá contar com o PSD.

"Em todas as anteriores crises graves que o país enfrentou, os portugueses puderam sempre contar com o PSD. Pelo que tenho visto nestes momentos difíceis que estamos a passar, podemos ter a certeza que a grande maioria dos militantes sociais-democratas continua a estar à altura das suas responsabilidades e que, nesse sentido, Portugal pode continuar a contar connosco para o servir da forma séria e capaz, como sempre fizemos ao longo da nossa história", refere.

Na carta, o presidente do PSD remete ainda aos militantes para as propostas que o partido fez ao Governo na área económica, dizendo que "a seu tempo" serão apresentadas outras medidas para o relançamento da economia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 124 mil mortos e infetou quase dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde indicava 567 óbitos entre 17.448 infeções confirmadas.

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