Costa escolhe políticas sociais para abrir debate quinzenal
A venda do Novo Banco à Lone Star deverá ser um dos temas com os quais o Governo será confrontado no plenário
O primeiro-ministro, António Costa, fará uma intervenção sobre "políticas sociais" na quarta-feira no Parlamento, na abertura do debate quinzenal, segundo o documento enviado aos grupos parlamentares pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.
A venda do Novo Banco à Lone Star deverá ser um dos temas com os quais o Governo será confrontado, sendo que o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, já adiantou que voltará também a questionar o primeiro-ministro sobre as reformas de pessoas com 40 anos ou mais de descontos.
"No debate quinzenal que se realiza na próxima quarta-feira voltaremos a questionar o primeiro-ministro para garantir que nesta matéria a resposta vá o mais longe possível, trazendo justiça para o maior número de trabalhadores", garantiu Jerónimo de Sousa na abertura das jornadas parlamentares do PCP, na segunda-feira.
Este será o primeiro debate quinzenal desde a venda do Novo Banco, anunciada no dia 31 de Março. O ministro das Finanças, Mário Centeno, já respondeu sobre a matéria em plenário da Assembleia da República, num debate de actualidade no dia 5 de Abril, quando foi confrontado com críticas dos partidos da oposição, mas também dos partidos que apoiam o Governo.
O PSD tem insistido em desafiar o Governo a esclarecer as dúvidas que considera persistirem sobre o negócio. "O Governo e o primeiro-ministro devem responder às perguntas diretas que nós colocamos: quanto custa o perdão que é feito aos juros dos empréstimos concedidos aos bancos e de que forma é que as obrigações vão ser trocadas", afirmou na semana passada o líder parlamentar social-democrata, Luís Montenegro, questionando se a troca obrigacionista prevista no negócio será mesmo voluntária ou se implicará custos para quem não o fizer.
BE e PCP têm, por seu turno, insistido na ideia da nacionalização daquele banco.
O último debate quinzenal decorreu a 22 de Março e foi dominado pela Caixa Geral de Depósitos e também pelo consenso em torno da condenação de todos os partidos às declarações do presidente do Eurogrupo, o ministro holandês das Finanças Joeren Dijsselbloem, que, numa entrevista, criticou os países do sul que gastam o dinheiro em "mulheres e álcool" e depois pedem ajuda.
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