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Centeno garante que "nada mudou" na relação com António Costa

12 de junho de 2020 às 08:39

Ministro das Finanças cessante diz que o momento escolhido para a saída - que coincide com a crise causada pela pandemia de covid-19 - está apenas ligado ao fim da sua presidência do Eurogrupo, que terminará em 12 de julho.

O ministro das Finanças cessante,Mário Centeno, afirmou, esta quinta-feira, que sai do Governo no "fim de um ciclo" na presidência doEurogrupo, e assegurou que "nada mudou" na sua relação com o primeiro-ministro.

Em entrevista à RTP, Centeno afirmou que a saída do Governo, que se concretizará na segunda-feira, foi "uma decisão construída" ao longo do tempo com o primeiro-ministro, António Costa, com quem disse ter relações "saudavelmente tensas", mas que se mantiveram idênticas durante os quatro anos e meio de convivência governativa.

"Todas as leituras que têm sido feitas sobre a minha relação com o primeiro-ministro são descontextualizadas: não houve nenhuma deterioração dessa relação, nem podia haver", assegurou, classificando a relação com António Costa como "absolutamente clara e absolutamente transparentes".

O ministro das Finanças assegurou que "nada mudou do ponto de vista político, nada mudou no relacionamento pessoal" e considerou até que não se pode conceber "uma situação em que o ministro das Finanças e o primeiro-ministro não estejam numa relação tensa, mas saudavelmente tensa".

Questionado sobre o momento escolhido para a saída - que coincide com a crise causada pela pandemia de covid-19 -, Centeno ligou-o apenas ao fim da sua presidência do Eurogrupo, que terminará em 12 de julho.

"É o fim de um ciclo, era o fim de um mandato no Eurogrupo", afirmou, salientando a relevância para Portugal de ter ocupado, pela primeira vez, a presidência desta instituição.

Mário Centeno assegurou que "não há nenhum motivo" adicional para a sua saída do Governo nesta altura e rejeitou que tivesse pensado demitir-se quando se reuniu com o primeiro-ministro há algumas semanas, a propósito da polémica sobre o Novo Banco.

"Nunca esteve em cima da mesa", afirmou, dizendo que havia necessidade de "clarificar uma situação que estava a crescer em termos públicos".

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