Secções
Entrar

Centenas em protesto em frente à Assembleia contra restrições à restauração

25 de novembro de 2020 às 16:29

Depois de marcar presença nas ruas do Porto, Lisboa, Faro, Aveiro ou Guimarães, o movimento cívico Pão e Água, que reúne profissionais do comércio, cultura, hotelaria, restauração e animação noturna, saiu de novo para a rua esta quarta-feira para se manifestar.

Depois de marcar presença nas ruas do Porto, Lisboa, Faro, Aveiro ou Guimarães, na sequência do anúncio das medidas de confinamento aos fins-de-semana a partir das 13:00, o movimento cívico Pão e Água, que reúne profissionais do comércio, cultura, hotelaria, restauração e animação noturna, saiu de novo para a rua esta quarta-feira para se manifestar em frente à Assembleia da República.

O chef Ljubomir Stanisic, uma das vozes do movimento "A Pão e Água", vai deixar na Assembleia da República várias dezenas de chaves de restaurantes que tiveram de encerrar na sequência da pandemia e da crise no setor, com o objetivo de sensibilizar os decisores políticos para a situação.

Centenas de trabalhadores da restauração de Braga, Porto, Vila Nova de Gaia e Aveiro sairam esta quarta-feira em caravana com autocarros e viaturas ligeiras para a manifestação em Lisboa organizada pelo movimento cívico Pão e Água.

"A intenção de nos associarmos à manifestação espontânea do movimento Pão e Água é conseguir chegar à Assembleia da República e transmitir ao Governo que somos parceiros e que queremos voltar a ser importantes para o país, declarou Daniel Serra, presidente da associação nacional de restaurantes PRO.VAR.

O responsável recordou que em 2015, na altura de eleições legislativas, o atual primeiro-ministo, António Costa, enviou uma carta para os empresários da restauração a dizer que "contava com eles" e "contou".

Com a atual pandemia e a crise económica instalada no país e no mundo, a PRO.VAR quer ir dizer ao primeiro-ministro na quarta-feira que agora é a hora da "restauração contar com o Governo".

"A restauração conta com o Governo agora, porque somos importantes para o Produto Interno Bruto do país" e porque queremos mais uma vez ser parceiros do Governo", acrescentou.

As medidas para combater a covid-19 paralisaram setores inteiros da economia mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a pandemia reverterá os progressos feitos desde os anos de 1990, em termos de pobreza, e aumentará a desigualdade.

Para Portugal, o FMI prevê uma queda de 10% em 2020, e uma recuperação de 6,5% para 2021.

Estas previsões diferem das do Governo português, que antecipa uma queda da economia de 8,5% este ano, e uma recuperação de 5,4% em 2021.

Já a Comissão Europeia prevê uma queda de 9,3% da economia portuguesa em 2020, e um crescimento de 5,4% no próximo ano.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.397.322 mortos resultantes de mais de 59,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 4.056 pessoas dos 268.721 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela