Carlos Moedas recandidato à Câmara de Lisboa: "Não é em quatro anos que conseguimos mudar os problemas de 14 anos"
O presidente da autarquia apresentou hoje a sua recandidatura à CML e deixou algumas promessas para o setor da habitação e dos transportes.
Carlos Moedas apresentou esta quarta-feira (16) a sua recandidatura à Câmara de Lisboa. "É por ti Lisboa, que hoje sou candidato a presidente da Câmara Municipal de Lisboa", anunciou o social-democrata ao garantir que não é candidato "contra ninguém".
Durante a apresentação, que teve lugar na Estufa Fria, o presidente da autarquia começou por agradecer a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro. Disse que "não é em quatro anos que conseguimos mudar os problemas de 14 anos" e enumerou algumas das ações que foram postas em prática durante os últimos quatro anos.
"Construímos um estado social local com um plano de saúde para os mais idosos. Foram as primeiras clínicas de proximidade. Foram as mamografias gratuitas para as mulheres lisboetas abaixo dos 50 anos. Foi um trabalho enorme que fizemos em relação às pessoas sem abrigo: aumentámos as vagas de acolhimento e retirámos mais de 400 tendas da cidade para dar uma oportunidade a essas pessoas. Trabalhámos muito para resolver o problema da higiene urbana", lembrou.
E deixou promessas para caso seja reeleito presidente da Câmara de Lisboa. "Lisboa é uma cidade segura, uma cidade aberta, onde o presidente que aqui vêm é casado com uma imigrande. Mas não podemos ter uma cidade onde as pessoas se sintam inseguras. Vamos ter um plano de ação de segurança para Lisboa. Vamos ter mais polícia em Lisboa. Vamos ter guardas noturnos. Vamos ter câmaras de vídeoproteção."
Para o setor da habitação, garantiu que vai "iniciar a criação de novos bairros lisboetas". Nos transportes, avançou que em 2030 não haverá autocarros a gasóleo e anunciou a criação de um novo elétrico que irá ligar Lisboa a Loures.
Carlos Moedas defendeu ainda que em outubro - mês em que se realizam as eleições autárquicas - os lisboetas vão ter uma escolha com "grandes consequências" pela frente. "O radicalismo já conseguiu minar grande parte do Partido Socialista (PS), que prejudicou o País e agora quer trazer um modelo falido para Lisboa", alertou.
E continuou: "Entre aqueles que estão nas manifestações contra a polícia e aqueles que defendem sempre a polícia e a segurança da nossa cidade. Entre aqueles que querem dividir e tornar a cidade pior e aqueles que querem unir e pedir a todos o seu melhor. Lisboa não precisa de aventuras radicais."
Carlos Moedas apelou, por isso, ao voto nas eleições autárquicas, que se realizam a 12 de outubro, e afirmou que os lisboetas terão de escolher entre os moderados e os radicais. "Envolvam-se. Venham no dia 12 de outubro, porque têm de decidir nesse dia se querem uma Lisboa moderada ou uma Lisboa radical."
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