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Greve de professores com média de 70% de adesão

14 de março de 2018 às 19:38

O dirigente da Fenprof fez o balanço da greve dos professores nos distritos de Évora, Beja, Portalegre e Faro.

A greve dos professores teve esta quarta-feira na região sul uma adesão "ligeiramente acima" da registada na terça-feira, nos distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal e na Madeira, com "uma média na ordem dos 70%", segundo a Fenprof.

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Avaliação de professores antecipada
Foto: Sábado
Foto: Manuel Almeida/LUSA
Foto: LUSA
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Foto: Lusa

"A greve terá atingido uma média na ordem dos 70%, ligeiramente acima do que já se verificou ontem [terça-feira] e, pensamos nós, com tendência para poder ainda subir nos próximos dias", afirmou o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira.

O dirigente da Fenprof fez o balanço da greve dos professores nos distritos de Évora, Beja, Portalegre e Faro durante uma conferência de imprensa na Escola Secundária Severim Faria, em Évora.

Mário Nogueira referiu que esta manhã já tinha constatado que havia "um aumento" da adesão à greve em comparação com a de terça-feira, assinalando que, no primeiro dia de paralisação, ainda existiam dúvidas entre os docentes.

Os professores "já perceberam melhor" o que está em causa, porque "houve mais algum tempo para fazer esse esclarecimento", realçou, considerando que a greve de quinta-feira "ainda terá melhores resultados".

O sindicalista disse que, neste dia de greve, muitas escolas de primeiro ciclo e do pré-escolar, as que têm menos professores, registaram adesões de 100%, indicando que nas escolas secundárias e básicas há "uma média de 70%".

Sobre os motivos da greve, Mário Nogueira considerou "inaceitável" que "70% do tempo de serviço" dos professores seja "para apagar", salientando que está a ser "revertido o tempo de serviço congelado" dos docentes da Madeira e dos Açores, assim como na administração pública.

"O Governo tem de perceber que não pode discriminar os professores e tratá-los como trabalhadores de segunda", insistiu, lembrando que, caso não haja cedências, está em cima da mesa "uma grande manifestação no início do terceiro período".

O secretário-geral da Fenprof manifestou disponibilidade para, entre outras questões, "negociar os ritmos de reposição do tempo, os prazos dessa recuperação, a forma de o fazer e as prioridades que possam existir".

"Há uma coisa para a qual nós estamos absolutamente indisponíveis que é abrir mão do tempo que as pessoas trabalharam", acrescentou.

A greve foi convocada pelas dez estruturas sindicais de professores que assinaram a declaração de compromisso com o Governo, entre as quais as duas federações - Federação Nacional de Educação (FNE) e Fenprof - e oito organizações mais pequenas.

A greve arrancou na terça-feira nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém e na região autónoma da Madeira, concentrou-se hoje na região sul (Évora, Portalegre, Beja e Faro) e na quinta-feira abrangerá a região centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco).

A paralisação termina na sexta-feira na região norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e na região autónoma dos Açores.

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