Pode até haver mecenas e militância que justifiquem os custos, pode até estar tudo bem, mas mesmo assim gostaria de saber quem os paga, porque alguém os paga. O caso do Chega/Basta! é aquele que seria mais interessante de se saber de onde vem o dinheiro
Mesmo que seja uma tendência em todos os actos eleitorais - a cada vez menor participação espontânea nas acções da campanha na rua -, neste acto eleitoral é penoso ver o vazio à volta dos candidatos, todos os candidatos. Se tirarmos as comitivas partidárias, organizadas para disfarçar o vazio, então os que sobram não chegam aos dedos das mãos. Mesmo assim, 10 dedos ou com muito optimismo, 20 dedos contando com os pés.
Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso