Sábado – Pense por si

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto
07 de janeiro de 2021 às 10:49

O trumpismo veio para ficar

Para Trump, a invasão ao Capitólio foi uma vitória. Ela retirou do foco mediático a cerimónia que iria inscrever na história aquilo que ele mais abomina: ser um loser. 

Em 2016 Donald Trump conseguiu o improvável e foi eleito presidente dos Estados Unidos com menos votos do que Hillary Clinton. Nos quatro anos seguintes, usou o Twitter como palco e a presidência como amplificador de credibilidade. Disse tudo o que quis, fez quase tudo o que pretendia. Passou o tempo a falar para a sua base de apoio, que se julgava minoritária entre os republicanos e a aumentá-la - sem que a maioria de nós, do outro lado do Atlântico, percebesse como ou porquê. Tanto que na eleição do passado mês de novembro teve mais de 70 milhões de votos. Não só aumentou em muito o seu resultado em relação a 2016 como obteve a segunda maior votação da história - perdendo apenas para Joe Biden. 

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.