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Saibamos honrar a memória de Salgueiro Maia e reparar a ignomínia do que sofreu em democracia, quando um governo e um Presidente da República o tentaram meter na arrecadação da história, valorizando mais o direito de um pide a uma pensão do que o herói mais puro de Abril.
O cronómetro que contava o tempo da maldita guerra acelerava por alturas do Natal. Um dia parou. Muito antes de chegar aos dias do desfile dos soldados que mandavam, no preto e branco da RTP, votos de boas festas para a família. Parou nessa inesperada primavera de alegrias ainda maiores. Parou quando o capitão Maia irrompeu com os seus tanques por Lisboa, também com um megafone na mão, a gritar que estava ali para nos fazer felizes. Logo não percebemos nada. Não percebemos o que se estava a passar, a não ser que algo se estava a passar, tais foram os primeiros cuidados dos nossos pais, que não nos deixaram sair de casa e ir brincar para os campos do adro da igreja ou do castelo. Péssima novidade para quem passava os dias e as tardes daquele Alentejo odemirense entre a planície, a serra e o mar, a jogar à bola, a brincar aos índios e cowboys. A estragar os matraquilhos do clube ou a apurar a arte das três tabelas num velho bilhar com pano já muito fustigado pelos principiantes. Para quem passava as longas tardes estivais a fazer jogos de caricas e corridas de bicicletas nos 100 metros de estrada antes de chegar ao jardim da Fonte Férrea. Sempre com uma ou outra cabeça partida, mas com a felicidade eterna de estar entregue a si próprio.
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Recordamos a vida e os feitos do Rei, em cujo reinado se chegou à Índia e ao Brasil. E ainda: o diálogo Chega-PSD e as histórias das pessoas que têm hobbies extremos.