Quando, no fim do jogo, um jornalista lhe perguntou se vai abandonar o cargo da selecção, o seleccionador foi claro: “Nem se coloca essa questão.” Mas é possível que não se esteja a contar com uma coisa: que Cristiano Ronaldo, sentado no banco, tenha adiantado a eutanásia de Fernando Santos.
NÃO DEIXA DE SER curioso que a lei da eutanásia e Cristiano Ronaldo tenham sido os temas mais falados na última semana. Mas não me parece que seja por acaso. Fernando Santos, ainda antes de a lei ser promulgada, já administrou a primeira eutanásia por conta própria. O seleccionador ultrapassou pela direita o Presidente da República e o Tribunal Constitucional, chegou até ao melhor jogador do mundo, e espetou-lhe com uma injecçãozinha que o fez ficar estendido no banco. É normal que tenha dado que falar, ainda para mais porque era o último Mundial do paciente. Aparentemente Fernando Santos não quis que ele sofresse por não ir ao Mundial de 2026 e fez justiça pelas próprias mãos, oferecendo-lhe como prenda de Natal antecipada, uma morte antecipada. A única coisa ligeiramente desagradável, é que neste caso o paciente queria viver. Não só queria viver, como não estava doente. É talvez o primeiro caso na história do Serviço Nacional de Saúde em que o médico é que vai ter com o paciente, e diz: “Então diga-me lá, sente-se bem?”, e o paciente: “Sinto sim, senhor doutor. Amanhã até vou jogar pela Selecção Nacional e tudo”, e diz o senhor doutor: “Pois, isso é capaz de ser cancro terminal. Mas não se preocupe que vou tratar das papeladas e amanhã já faleceu.”
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