Sábado – Pense por si

Alberto Gonçalves
Alberto Gonçalves
31 de janeiro de 2017 às 08:00

O “pensamento” único

Nas televisões e nos jornais, sobram, por enquanto, alguns lugares onde a “direita” consegue aliviar-se de duas ou três opiniões. O quadro geral, porém, é de uma humilhante submissão ao poder vigente e às respectivas simpatias

Há dias, a dona Catarina do BE afirmou a um diário que, face à dívida, só nos resta a "negociação unilateral". O conceito tem a pertinência de, digamos, um matrimónio individual, no qual o noivo vai à conservatória e a noiva nem o conhece. Mesmo assim, a dona Catarina não se riu, os jornalistas que a entrevistaram não se riram e Portugal não sucumbiu a uma epidemia de gargalhadas idêntica à de Tanganyika. Na nossa exótica vida pública, certas criaturas e certas "ideias", alucinadas que sejam, adquiriram o curioso direito de ser levadas a sério.

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.